Como definir o valor de revenda do equipamento

Do Equipment World – 05.03.2021 –

Descartar sua máquina usada no momento certo – e obter o melhor preço por ela – exige o equilíbrio de vários fatores.

A Revista norte-americana Equipment World conversou com Logan Mellott, vice-presidente de operações comerciais da Ritchie Bros., e com Doug Rusch, diretor-gerente da divisão Rouse Sales da Ritchie, para discutir o que é necessário para determinar o valor de revenda de uma máquina.

“Há um punhado de variáveis que são essenciais para o valor de revenda de uma máquina usada”, diz Rusch. “Em primeiro lugar está a marca e o modelo”. Diferentes fabricantes vendem em diferentes faixas de preço, até mesmo diferentes tipos de máquinas feitas por um fabricante podem gerar diferentes níveis de interesse do comprador.

Quatro outros pontos de dados entram nesta combinação inicial:

  • Idade, que é basicamente sobre o ano do fabricação da máquina. Normalmente, as máquinas mais antigas são vendidas por menos.
  • Configuração da máquina, incluindo sistema hidráulico, acessórios, tipo de esteira, etc.
  • Leitura do medidor.
  • O local onde a máquina é vendida e comprada. Diferentes regiões geográficas têm desempenhos diferentes no mercado de equipamentos usados. “É importante pensar sobre onde você está sentado e onde está a máquina porque a localização afeta o valor”, diz Rusch.

Mas e a condição? Os fatores listados acima são mais fáceis de calcular em uma avaliação. A condição da máquina, no entanto, é mais difícil de relatar como um ponto de dados porque requer avaliação humana, que varia de acordo com o avaliador. “É aí que entram os profissionais de equipamentos usados ​​e agregam valor”, comenta Rusch.

As máquinas envelhecem de maneira diferente

Lembre-se de que uma hora de uso não significa o mesmo em todos os tipos ou classes de equipamentos. “Você realmente precisa entender como a leitura de um medidor em uma determinada máquina se compara a outras máquinas no mercado”, diz Rusch.

Mesmo a questão sobre o que é mais importante – as horas na máquina ou o ano de fabricação – pode ser respondida de diferentes maneiras. “Isso realmente varia de acordo com o tipo de ativo”, diz Mellott.

Por exemplo, as horas são críticas em escavadeiras, assim como as condições do material rodante e a idade, segundo Mellott. O mesmo vale para tratores, embora a configuração também seja importante, pois há mais variações, nesse caso.

Além disso, diferentes classes de tamanho dentro de um tipo de máquina reterão o valor de maneira diferente. Por exemplo, uma escavadeira compacta de oito anos pode valer cerca de 50% de seu custo original. Em contraste, uma escavadeira de 45 toneladas, com oito anos, provavelmente reteria apenas de 25 a30% de seu valor original.

Isso porque elas usadas de maneiras diferentes, em ambientes diferentes e para o níveis de demanda diferentes. Por exemplo: máquinas compactas têm um mercado secundário mais amplo, segundo Mellott. Além da construção, eles podem entrar em mercados agrícolas, de paisagismo e saneamento básico, para citar alguns. Já uma escavadeira de 45 toneladas é usada principalmente em aplicações de movimentação de terra e não teria o amplo apelo de uma escavadeira compacta.

Tempo e paciência mudam o jogo

O tempo é fundamental, quer você seja um vendedor ou um comprador, e desempenha um papel direto no valor de uma máquina. Se for crítico para o vendedor gerar fluxo de caixa, por exemplo, ele provavelmente irá optar por uma maneira que rapidamente coloque dinheiro no bolso, sabendo que ele pode estar deixando dinheiro na mesa. O mesmo vale para os compradores: se eles precisarem de uma máquina agora, podem acabar pagando mais por ela.

Os vendedores e compradores que podem ser mais pacientes têm mais opções para maximizar seu retorno ou comprar por um preço mais baixo. “É realmente impulsionado pelo que o cliente deseja alcançar em geral”, diz Mellott.