Como a IPCorp conquistou seu nicho em telecomunicações

Da Redação – 28.07.2017 –

Empresa migrou de fornecedor de soluções de centrais de telefonia para operadora focada em voz sobre IP (VoIP) e seus desdobramentos.

Há um consenso no mercado de telecomunicações sobre o valor decrescente dos serviços de voz, mas a paulista IPCorp vai contra essa corrente. A explicação é simples: ela oferta voz sobre IP (VoIP) para mercados altamente demandantes de serviços de voz, mas com o detalhe de oferecer plataformas digitais que combinam uma série de serviços, incluindo gravação de voz, histórico de chamadas e relatórios de bilhetagem, entre outros. Em casos reais ela substitui quatro linhas tradicionais de telefonia por uma só e agrega serviços na nuvem, reduzindo custos e ampliando o nível de funções. O foco? Empresas do segmento de call center ou que tenham operações de call center. Entram nesse último rol desde companhias da área de seguros até franquias de entrega de alimentos.

Há outra razão para o sucesso da operadora: ela não nasceu como operadora e sim como fornecedora de centrais de telefonia, incluindo todo o pacote que faz esses equipamentos funcionarem. “Vimos como as operadoras tradicionais atendiam as empresas de call center, inclusive os problemas mais comuns e observamos que havia uma oportunidade”, resume Alexandre Dias, CEO da IPCorp. De acordo com ele, o passo seguinte foi conseguir as licenças de operação na Agência Nacional de Telecomunicações e refinar a tecnologia até então adotada. Com background de parceiros israelenses, a empresa ampliou o conhecimento em centrais (que usavam placas produzidas por um parceiro norte-americano).

Mais do que o domínio da tecnologia de centrais digitais, a IPCorp também investiu em rede externa e numa forma de conectar-se de forma segura com os grandes backbones nacionais. A partir do mapeamento de demandas, a empresa estabeleceu 13 pontos de presença e uma rede de fibra óptica própria com 55 km de extensão. A parceria com outras operadoras ampliou essa infraestrutura em mais 255 km. Com isso, a IPCorp consegue cobrir, segundo ela, de 85% a 90% do tráfego nacional. A escolha de ativar rede própria depende de vários fatores, mas é considerada somente em casos realmente estratégicos na avaliação de Dias, a frente da operação que acaba de completar 15 anos.