Construção civil brasileira aposta em energia renovável

Da Redação – 16.02.2016 –

Diminuir a demanda de energia e ampliar investimentos em renováveis fazem parte das estratégias que integram a agenda do setor em 2016

Uma das ações previstas na agenda estratégica da construção civil para este ano é a aposta na infraestrutura verde. A questão foi discutida durante a Conferência do Clima de Paris (COP-21), realizada em dezembro, e resultou na formação da Aliança Global para Edifícios e Construção, da qual o Brasil faz parte ao lado de mais 19 países.

Entre as principais medidas a serem tomadas para alcançar as metas propostas na conferência, destacam-se a diminuição da demanda de energia no setor e ampliação dos investimentos em energias renováveis. Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o Brasil tem potencial e condições naturais privilegiadas – de sol e vento – para isso. A entidade ressaltou que o programa habitacional Minha Casa Minha Vida, por exemplo, representa 19% do mercado de aquecimento solar em edificações, o que comprova o potencial de alavancagem do sistema.

De acordo com dados da consulta pública realizada pelo Ministério de Minas e Energia (MME) em 2014, o Brasil alcançará 7.000 MW de geração de energia elétrica fotovoltaica até 2024. Para a próxima década, o potencial de eletricidade instalada a partir do sol representará quase 4% da potência total brasileira, sendo que hoje a energia solar é responsável por apenas 0,02% da potência elétrica do país.

Para ampliar as ações de estímulo à geração de energia pelos próprios consumidores, o MME lançou no final do ano passado o Programa de Desenvolvimento da Geração Distribuída de Energia Elétrica (ProGD), que deve movimentar mais de R$ 100 bilhões em investimentos até 2030. Até essa data, a previsão é de que cerca de 2,7 milhões de unidades consumidoras poderão ter energia gerada por elas mesmas, entre residência, comércios, indústrias e no setor agrícola. Segundo o Ministério, a ação pode resultar na geração de 23,5 MW de energia limpa renovável e evitar que sejam emitidos 29 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera.