Construção civil tem saldo positivo de 22 mil empregos gerados em março

O número apresenta uma queda em relação a fevereiro deste ano, quando houve saldo de 39,7 mil, e também ao de março de 2024, com 28,2 mil

Por Redação

em 12 de Maio de 2025

A construção civil gerou quase 22 mil novos empregos com carteira assinada em março de 2025, segundo dados do Novo Caged, divulgados pelo Ministério do Trabalho, como apontou a Agência CBIC. O número apresenta uma queda em relação a fevereiro deste ano, quando houve saldo de 39,7 mil, e também ao de março de 2024, com 28,2 mil.

Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o desempenho ainda é satisfatório e importante para a economia brasileira, já que o setor  contribuiu com 30,66% do total de vagas criadas no mês no País — um percentual relevante, considerando que o setor representa 6,18% do total de trabalhadores formais do Brasil. O saldo positivo é resultado de 214.973 admissões e 193.027 desligamentos no mês. Com isso, a Construção superou inclusive o desempenho da Indústria Geral, que teve saldo de 13.131 vagas no período.

Ainda segundo a CBIC, todos os três segmentos da construção apresentaram desempenho positivo na criação de empregos em março. A Construção de Edifícios foi responsável por 6.821 novos postos, enquanto as Obras de Infraestrutura responderam pela criação de 8.268 vagas e os Serviços Especializados para a Construção contribuíram com 6.857 postos de trabalho. Com os dados de março, o setor encerrou o mês com 2,958 milhões de trabalhadores com carteira assinada, o que representa um crescimento de 3,51% em relação ao total registrado no fim de 2024 (2,857 milhões).

Pontos de atenção na construção além dos empregos de março

O início de 2025 trouxe uma piora significativa nas condições financeiras da indústria da Construção, que resulta na retração do setor. A Sondagem Indústria da Construção (SIC) mostra aumento na insatisfação com o lucro operacional e com a situação financeira. Para os empresários do setor, as altas taxas de juros, a elevada carga tributária e a falta ou alto custo de trabalhador qualificado foram os principais problemas do primeiro trimestre de 2025.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) consultou 316 empresas de pequeno, médio e grande portes, entre 1º e 10 de abril. A pesquisa é realizada em parceria com a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

Comparando com o último trimestre de 2024, os dados do primeiro trimestre de 2025 mostram que:

  • O índice de satisfação com o lucro operacional caiu de 44,8 para 42,8 pontos.
  • O índice de satisfação com a situação financeira também recuou, de 49 para 46,4 pontos.
  • O índice de facilidade de acesso ao crédito caiu para 37,4 pontos (recuo de 0,3 ponto).
  • O índice de evolução dos preços de insumos subiu para 64,6 pontos, apontando aceleração nos custos de produção.