CPFL Renováveis: lucra mais, gera menos

Da Redação – 10.08.2018 –

Empresa do grupo que congrega fontes como energia eólica, PCHs e de biomassa tem receita líquida de R$ 415 milhões no segundo trimestre do ano (2T18)

A CPFL Renováveis teve um lucro 15% maior no segundo trimestre desse ano em relação ao mesmo período de 2017. Explicando: estamos falando de um lucro antes do abatimento de juros, impostos, depreciação e amortização. Já a receita líquida foi 0.7% maior do que a registrada no segundo trimestre do ano passado. A geração de energia, por outro lado, caiu 4,4%.

Começando pela redução da geração:  houve uma menor incidência de ventos no Ceará, no Rio Grande do Norte e no Rio Grande do Sul, onde a empresa tem parques eólicos, parcialmente compensada pela entrada em operação do Complexo Eólico Pedra Cheirosa, em junho de 2017. Resultado: queda de 5,6% (-48,1 GWh), quando comparada à geração do 2T17.

Pequenas centrais hidrelétricas também geraram menos energia 

Além da energia dos ventos, a geração de energia das pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) apresentou decréscimo de 7,9% (-27,7 GWh) no 2T18 em relação ao 2T17, principalmente devido às condições hidrológicas menos favoráveis na Região Sul, na avaliação oficial da concessionária. Já a energia nas usinas de biomassa registrou aumento de 2,7% (+8,7 GWh) no 2T18, por causa basicamente do ganho de eficiência com geração com bagaço armazenado.

Já a maior lucratividade tem outras explicações: primeiro o aumento de R$ 26,6 milhões na receita das eólicas, devido ao efeito positivo de R$ 24,4 milhões no 2T18 do leilão de energia nova por meio do Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits (MCSD). Ou seja, o preço do contrato firmado no mercado livre foi superior ao preço do contrato no mercado regulado para os oito parques eólicos que participaram desse leilão.

Houve ainda a entrada em operação comercial do Complexo Eólico Pedra Cheirosa. Esses efeitos foram parcialmente compensados pela menor geração dos complexos eólicos do Ceará, anteriormente operados pela Suzlon, e do Rio Grande do Norte.