Crise hídrica chega à bacia do Rio Camanducaia

Da Redação – 18.08.2015 – 

Setores como mineração, entre outros, não poderão captar água. Restrição é de 20% para consumo humano e de 30% para indústria e irrigação.

A crise hídrica, mais conhecida como seca, está batendo às portas da bacia do Rio Camanducaia, que passa por Minas Gerais e por São Paulo. A partir de hoje, dia 18, a restrição começa a valer por determinação da Agência Nacional de Águas (ANA) em acordo com o Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) do Estado de São Paulo. É a primeira vez que a medida será adotada, com o corte de 20% da captação diária para consumo humano e de animais da região. No caso da irrigação e do uso industrial, a medida é mais severa e atinge 30% do volume normalmente captado. Pior ainda é a resolução para os demais usos, incluindo mineração, para os quais o corte é total.

Pela iniciativa conjunta da ANA e do DAEE, a Bacia do Camanducaia deve entrar em estado de alerta para que os usuários da água da região fiquem atentos à baixa disponibilidade hídrica. Quando for registrado 1,5m³/s ou menos, a bacia passa para Estado de Restrição, que requer a diminuição das captações de água. Em São Paulo, a medida vai afetar as cidades de Amparo, Monte Alegre do Sul, Pedra Bela, Pinhalzinho, Santo Antônio de Posse e Socorro. Em Minas, somente o município de Toledo deve sofrer com a restrição. Antes da nova resolução, a região estava sob Estado de Alerta, estágio que pode voltar desde que haja a subida da vazão. 

Outra bacia hídrica importante em São Paulo é o do Jaguari, atualmente no nível de Estado de Alerta. Caso sua vazão se reduza dos atuais 3,82m³/s para igual ou menor do que 2m³/s, ela também enfrentará o mesmo tratamento do Camanducaia. As regras de restrição foram discutidas e alinhadas pelos municípios que fazem parte da bacia dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) ainda em 2014.