Economias emergentes devem dobrar investimentos em energia até 2040

Da Redação – 18.02.2016 –

Pesquisa realizada pela Bain & Company estima que serão necessários USS$ 495 bilhões anuais para atender a demanda energética desses mercados nos próximos 24 anos

Um estudo realizado pela Bain & Company, consultoria de negócios norte-americana, revelou que os países emergentes – como é o caso do Brasil – precisarão dobrar os investimentos em energia até 2040 para atender às demandas crescentes de suas economias. Para atingir o objetivo, o valor anual de investimento precisaria aumentar da média atual de US$ 250 bilhões para US$ 495 bilhões, superando os níveis de países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

A pesquisa foi apresentada em Davos, na Suíça, durante o encontro anual do World Economic Forum, e estima que os mercados emergentes deterão a maior capacidade de geração de energia renovável nos próximos 25 anos. Como consequência, ressalta a Blain & Company, essas economias estão se voltando para os investidores nacionais e internacionais com o intuito de financiar a demanda por energia elétrica, suprindo o gap energético com suporte dos mercados de países desenvolvidos.

Com o objetivo de ajudar esses países a atraírem investidores, o estudo defende a importância do desenvolvimento de políticas integradas que garantam o desenvolvimento paralelo da cadeia de valor energético e a busca por caminhos mais eficientes por parte dos legisladores. Para as agências reguladoras, a dica da Blain & Company é de que elas proporcionem condições de concorrência equitativas para as tecnologias, refletindo redução das emissões de carbono e segurança no abastecimento.