Elektro adota tecnologia da Siemens para automação de sistemas elétricos

Da redação – 24.02.2016 – 

De acordo com fabricante alemã, o sistema de sistema de self-healing semi-centralizado seria pioneiro no Brasil. Foco da tecnologia é monitorar e atuar nos religadores, influenciando na melhoria dos índices de qualidade da distribuidora.

Fechado em dezembro do ano passado e divulgado ontem, o contrato da Siemens com a Elektro, distribuidora de energia sediada em Campinas (SP), inclui o fornecimento de um modelo piloto da tecnologia de self-healing semicentalizado. Explicando: trata-se de um sistema digital que monitora e atua nos religadores distribuídos em uma determinada zona de ação da concessionária, cuja cobertura inclui 223 cidades em São Paulo e 5 no Mato Grosso do Sul.

Com o sistema de self-healing, o conserto ou cura de uma falha em ramal de distribuição de energia é feito automaticamente. Isso inclui o isolamento do problema e o reestabelecimento da energia para a maior quantidade possível de usuários afetados pelo problema. O processo acontece pelo reencaminhamento da eletricidade por uma via alternativa, minimizando as perdas e realizando o conserto de forma remota e rápida.

De acordo com Sergio Jacobsen, diretor da área de Smart Grids da Siemens, a tecnologia é classificada como semi-centralizada porque a recomposição do sistema elétrico fica alocada num servidor distante do local da falha, inclusive na subestação de energia da região, dispensando a necessidade de um servidor geral. “Outro benefício do sistema é a possibilidade da Elektro utilizar os controladores e religadores já existentes, não precisando substituir os equipamentos que possui”, completa. Segundo ele, a tecnologia garante a “recomposição automatizada dos religadores para prover uma operação segura do sistema”.

Duas consequências diretas da ativação do sistema classificado como de smart grid ou redes inteligentes é a queda do número de interrupções (a Siemens não especifica quanto) e o valor do investimento. Por se tratar de instalação de software especializado e tecnologia de monitoramento, o custo é muito inferior – de acordo com a fabricante alemã – ao de soluções que normalmente requerem compra de equipamentos e gastos logísticos.

“Soluções como esta são de extrema importância para o nosso negócio. Elas trazem resultados operacionais cada vez mais eficientes e sustentáveis”, afirma Jorge Aith, gerente de medição, perdas e tecnologia da Elektro.

Além de atender aos requisitos da Aneel sobre indicadores coletivos para manter a qualidade na prestação do serviço público de distribuição de energia elétrica, o sistema de self-healing desenvolvido pela Siemens em parceria com a Elektro apresenta uma funcionalidade adicional chamada gerenciamento local de sobrecarga do sistema. Com ele, além de garantir a recomposição do sistema elétrico em um intervalo de tempo mínimo, é possível realizar uma operação automatizada dos religadores para prover uma operação segura do sistema elétrico.