Energia Eólica: Transporte e fabricação local ainda são desafios no Brasil

Da Redação – 17 de dezembro de 2014

Energia EólicaO desafio é constante, principalmente por conta das distâncias a serem percorridas desde a fábrica até os parques de geração. Um exemplo é o Complexo Eólico de Guanambi (BA), que fica em área mais elevada, distante de rodovias e pontos de fácil acesso para os caminhões.

Inaugurado em julho de 2012 e considerado o maior da América Latina, é constituído de 14 parques e 184 aerogeradores, cada um com 85 metros de altura e produzindo 1,6 Mw. Em região serrana, a etapa de terraplanagem precisou criar diversas vias de acesso para a chegada dos caminhões e guindastes, dificultando a operação e acarretando aumento dos custos do projeto, que chegou a R$ 1,2 bilhão. As informações são da Ouvidoria Geral do Governo do Estado da Bahia.

Atualmente, apenas 1,1% da energia produzida no Brasil é eólica, conforme mostrou o Balanço Energético Nacional (BEN) deste ano. Ainda, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeólica), a produtividade média dos ventos no Brasil é de 42%, mais alta que os valores apresentados na média europeia, de 25%. Apesar de o país possuir quase o dobro de capacidade de geração da Europa, onde a energia eólica é mais utilizada, os empecilhos como o transporte e a fabricação das usinas no país ainda freiam a tecnologia.