Energia renovável ganha notoriedade nos fundos de private equity

Da Redação – 27.02.204

Dados da Associação Brasileira de Private Equity & Venture Capital (Abvcap) revelam que mais de 21% dos gestores estão com foco no setor de energia limpa, e o interesse já chegou também aos fundos de venture capital. “Investir em energia eólica e solar é cada vez mais promissor e, além disso, tem forte apelo social. É importante lembrar ainda que o avanço da tecnologia já possibilita ao setor a geração de uma energia limpa com muita eficiência”, diz Danielle Limiro, sócia da B2L e especialista em energia.

Hoje, a energia gerada pelas hidrelétricas ainda corresponde a 80% da matriz energética brasileira, mas o Brasil já investe em fontes alternativas, segundo ela. A energia eólica é a que mais cresce atualmente, especialmente em estados do Nordeste.

De acordo com a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), em seis anos a capacidade instalada deve aumentar quase 300%. O setor eólico deve passar dos atuais 3% da matriz energética brasileira para 8% em 2018.

O mercado de energia solar também já ganha visibilidade. O que mais se tem ouvido entre investidores, geradoras de energia e fabricantes de equipamentos é que “chegou a hora” da energia solar no Brasil. Em agosto passado, entrou em operação, em Tubarão (SC), a maior usina solar construída até agora no país, com capacidade para abastecer 2,5 mil residências. E o primeiro leilão de energia solar organizado em 2014 pelo Governo contratou 31 novos projetos, que devem gerar energia suficiente para abastecer mais de 900 mil residências.

“A indústria de private equity deve ter presença cada vez maior como fonte de investimento de capital para fomentar o crescimento das empresas de energias alternativas no Brasil”, conclui Rodrigo Bertozzi, CEO da B2L Investimentos S/A, especializada na mediação de negócios entre fundos e empresas.