Energisa tem lucro 118,9% maior no semestre

Da Redação – 14.08.2017 –

Grupo investiu R$ 645,7 milhões no segundo trimestre no ano, segundo anúncio oficial, e agrupou as operações das regiões Sul e Sudeste

Com cerca de 6,6 milhões de clientes diretos, o que representa uma população atendida de aproximadamente 16 milhões de pessoas, a Energisa fechou o primeiro semestre com um lucro líquido 118,9% maior do que o resultado do mesmo período de 2016. Os resultados espelhariam o quadro de consumo em alta, com aumento de 2,3% no segundo trimestre, e redução de custos. “Por conta da diversidade geográfica, o mercado das empresas do Grupo Energisa está com crescimento de 3,3 pontos percentuais superiores à média nacional”, destaca o informe da empresa. Nota: o mercado livre, ou seja, clientes corporativos que vieram de outras concessionárias, cresceu seu consumo em 31,6% no segundo trimestre.

Os investimentos de no segundo trimestre somaram R$ 645,7 milhões, o que seria 50,5% a mais do que foi aplicado no mesmo período de 2016. A maior parte (54%) foi concentrada em em ativos elétricos somaram, principalmente na Energisa Mato Grosso (R$ 117,3 milhões) e na Energisa Mato Grosso do Sul (R$ 149,2 milhões). Ambas as empresas se preparam para o processo de Revisão Tarifária em 2018. No acumulado dos seis meses do ano, os investimentos totalizaram cerca de R$ 1,1 bilhão, acréscimo de 47,4% em relação ao valor investido em no primeiro semestre do ano passado.

Operacionalmente, o destaque da empresa foi o agrupamento das distribuidoras do Sul e Sudeste, agora denominadas ESS (de Energisa Sul-Sudeste). A ESS engloba as distribuidoras Companhia Nacional de Energia Elétrica (CNEE), Empresa de Distribuição de Energia Elétrica Vale Paranapanema (EDEVP), Empresa Elétrica Bragantina S/A (EEB) e a Companhia Força e Luz do Oeste (CFLO). Após a unificação, a ESS passou a atender 739 mil clientes, em 82 municípios e em uma área de cobertura de pouco mais de 30 mil km².

O índice de perdas atuais nos últimos doze meses (junho de 2016-junho de 2017) é de 12%. No consolidado do Grupo Energisa, o percentual das perdas totais sobre a energia injetada fechou o trimestre dentro do limite regulatório e voltou ao patamar do quatro trimestre de 2015. Em relação às perdas não técnicas, houve redução de 57,3 GWh em relação a março de 2017 e de 216,7 GWh em relação a junho do ano anterior. O destaque no período foi o desempenho da Energisa Tocantins, que apresentou perdas totais de energia abaixo do limite regulatório. Este resultado é reflexo do aprimoramento das ações de combate ao furto na concessão.