Redação – 16.07.2019 –
Workshop em São Paulo avalia uso da infraestrutura de energia pelos provedores regionais e pelas operadoras tradicionais
Toda grande e média cidade brasileira enfrenta o emaranhado de fios ao longo da rede elétrica e nem todo eles são para fornecimento de energia. Parte dessa estrutura é responsável pela transmissão de serviços das empresas de telecomunicações. Para avaliar o cenário e discutir soluções, especialistas vão participar do
, iniciativa que faz parte do Netcom 2019. O encontro acontece em agosto em São Paulo.
O workshop RTI está marcado para o dia 29, das 9h às 18h, e terá como moderador, Marcius Vitale, CEO da Vitale Consultoria, coordenador do Grupo de Infraestrutura de Telecomunicações do Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo (Seesp) e presidente da Adinatel (Associação dos Diplomados do Instituto Nacional de Telecomunicações). Haverá palestras e debates com a participação de representantes de associações de classe e empresas como Abrint, Abranet, Abramulti, Anatel, Seesp, FNE, Enel, Cemig, e também do Ministério da Economia.
Vitale explica que o problema começou após a privatização do sistema de telefonia no Brasil. Apesar dos indiscutíveis avanços, o processo possibilitou a entrada de inúmeras empresas no setor, porém, o espaço disputado para a instalação de cabos é insuficiente para atender a demanda. Antes da privatização havia, basicamente, uma empresa de telecomunicação em cada estado e concessionárias regionais de energia elétrica.
“Hoje, o Brasil tem quase 10 mil empresas nos setores de telecomunicações e internet. Localidades, como a região da Vila Olímpia, em São Paulo, contam com cerca de 70 operadores passando cabeamento em um espaço minúsculo, muitas vezes sem ao menos ter o projeto aprovado”, conta o especialista.
Pelas normas vigentes, a parte mais alta dos postes é usada para fixação de cabos elétricos. Abaixo, ficou determinado um espaço de 500 milímetros (meio metro), com cinco pontos de fixação de cabos de telefonia, internet e TV por assinatura. O problema está nesses 50 centímetros.