Estudo mapeia possível uso da LTE em redes de segurança pública

Da redação – 20.06.2016 –

Pesquisa conjunta envolve fabricante chinesa Huawei e IHS, consultoria especializada em análises da indústria de telecomunicação em áreas críticas

No mundo das siglas de telecom, LTE significa Evolução de Longo Prazo. Também chamada de 4G, esse tipo de rede teoricamente supera as velocidades de 100 Mbps e poderia até triplicar, dependo da infraestrutura adotada. Se o avanço da LTE é uma realidade na telefonia celular móvel, entre usuários comuns, ela ainda está sendo avaliada para aplicações em segurança pública, o que significa o uso de uma rede privada.

De acordo com a pesquisa da Huawei do IHS, os órgãos do setor buscam desenvolver redes privadas de comunicações críticas para melhorar suas capacidades, como permitir que os departamentos de polícia adotem comando visual para prever e responder rapidamente a incidentes. Ocorre que a transmissão de imagens exige maior largura de banda, uma vez que os atuais tecnologias de banda estreita, incluindo analógica e digital, são incapazes de suportar esta demanda.download (2)

“Dessa forma, o segmento de segurança pública começa a desenvolver redes de banda larga LTE privadas que integram serviços de voz, dados e vídeo para atender a esse requisito”, explica o documento conjunto das duas empresas. De acordo com o IHS, as redes privadas de LTE privada na área de segurança pública alcançarão US$ 1.3 bilhões até 2019. Se esse universo de tempo for alongado – 2021 – o crescimento será ainda maior na avaliação de Thomas Lynch, coautor do estudo e diretor do Grupo de Comunicações Críticas da IHS.

“Até o fim do primeiro trimestre de 2016, a Huawei assinou 180 contratos para redes eLTE e criou 84 redes eLTE comerciais para diferentes setores, como segurança pública, transporte e energia”, detalha Jianhua Peng, Presidente da Unidade de Negócios Empresariais Wireless da Huawei. De acordo com ele, a solução de trunking em banda larga eLTE foi implantada em projetos como a rede e-Government em Nanjing, a polícia de Xangai, a delegacias de polícia no Quênia, o metrô de Zhengzhou e o sistema ferroviário metropolitano de Adis Abeba (capital da Etiópia).