Fundo colombiano de infraestrutura aumenta participação no Oleoducto Central

Da Redação – 4 de abril de 2014

 

O Fondo de Infraestructura de Transporte de Colombia, administrado pela Darby-Colpatria Capital (empreendimento conjunto entre a norte-americana Darby e o Grupo Colpatria) acaba de adquirir 5% do capital do Ocensa. Quem vendeu foi a canadense Pacific Rubiales e a transação, no valor de US$ 385 milhões, chama a atenção para a infraestrutura ímpar do Oleducto Central, o grande negócio da Ocensa. Estamos falando de um duto de 836 km de extensão em terra e outros 12 km no mar, ligando os campos petrolíferos de Cusiana e Cupiagua, no interior colombiano, à estrutura de despacho na costa caribenha do país. Os números mais atualizados da operação da Ocensa indicam o transporte de 590 mil barris de petróleo por dia, o que significa que 59% do óleo cru produzido pela Colômbia passa pela estrutura. Doze grandes petroleiros, em média, são carregados por mês no terminal marítimo.

O ponto mais alto do sistema de transporte está a 3 km sobre o nível do mar, na Cordilheira Oriental, mas o sistema envolve outras estruturas importantes. É o caso de 19 tanques de armazenamento com capacidade para até 5 milhões de barris de petróleo e um sistema de desembarque – no litoral – que pode receber até 30 mil barris por dia. Já o porto vai além: está preparado para despachar 60 mil barris diários de petróleo. São seis estações de bombeamento ao longo do duto e uma estação de controle de pressão, todas supervisionadas por um sistema de monitoramento Scada.

No Brasil, o braço internacional da Darby tem um fundo completamente dedicado a projetos de infraestrutura – o Brazil Mezzanine Infrastructure Fund – criado em 2007 e com investimentos em cinco empresas: Bionergy (produtor independente de energia eólica), GEA/Eletrogoes (geradora de energia), T-Grão (terminais de carga), Produman (serviços de engenharia) e Dall (serviços e alimentação para hotelaria, hospitais e área marítima).