Fusões e aquisições em energia são três vezes menores no trimestre

Da Redação – 10.11.2015 –

Pesquisa da KPMG computou apenas cinco negócios entre julho em setembro e todos eles foram feitos por empresas estrangeiras, que aproveitaram a fragilidade da economia e a desvalorização do real.

Segundo pesquisa da KPMG que avalia 43 setores da economia, o setor de energia realizou somente um terço das fusões e aquisições realizadas no terceiro trimestre do ano passado. De julho a setembro deste ano foram cinco, contra 15 de 2014.

No computo dos nove meses do ano avaliados até agora, o acumulado também foi ruim para 2015, quando houve 24 negociações concretizadas, contra 42 no mesmo período do ano passado. “Das cinco transações concretizadas no terceiro trimestre desse ano, quatro foram do tipo CB1, onde o comprador é um investidor estrangeiro que adquiriu empresa brasileira e o qual foi atraído pelo momento de instabilidade que a indústria de energia brasileira está vivendo”, diz Paulo Guilherme Coimbra, sócio da KPMG.

“O que vimos, é que os leilões feitos pelo governo ficaram aquém das expectativas do mercado por causa, principalmente, do preço da energia pouco atrativo e incerteza em relação ao acesso ao financiamento. Tudo isso gerou uma oportunidade para os estrangeiros favorecidos também pela desvalorização do real frente ao dólar”, completa.