Geração de biogás por resíduos urbanos será estudada por associações

Da Redação – 28.03.2018 –

Uma parceria entre a Associação Brasileira de Biogás e Biometano (ABiogás) e a Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) pretende ampliar estudos e monitorar o potencial energético existente nos resíduos urbanos. Os levantamentows devem, no futuro, subsidiar órgãos governamentais, empresas públicas e privadas, terceiro setor e especialistas sobre o tema.

As entidades também pretendem promover análises sobre o potencial energético na área de resíduos. “A expertise de décadas da Abrelpe no setor de resíduos urbanos somada ao conhecimento da ABiogás sobre o potencial de biogás darão subsídios para os formadores de opinião e tomadores de decisão notarem a riqueza existente nos resíduos sólidos urbanos”, diz a gerente executiva da ABiogás, Camila Agner D’Aquino.

De acordo com a ABiogás, o potencial de biogás no setor de resíduos urbanos é de quase 4 bilhões de metros cúbicos por ano. Isso representa mais de 10 mil megawatt de energia. Além disso, há no Brasil cerca de 2 mil aterros, mas apenas 19 geram energia elétrica a partir do biogás, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Após a regulamentação do uso e venda do biometano de saneamento pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP – Resolução 687/2017), o energético gerado nos aterros pode substituir o diesel usado pelos caminhões na coleta, reduzindo o impacto do transporte e destinação final dos resíduos sólidos urbanos.

Segundo a Abrelpe, os brasileiros produzem 219 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos todos os anos, o que reapresenta mais de 1 quilo por pessoa. Sem um tratamento correto, o destino de tudo isso é um grande problema para as cidades.