Gestão de Ativos ajuda empresas a superar a crise

Italo Freitas, vice-presidente da AES Brasil, afirma que iniciativa pode auxiliar na identificação de novas oportunidades de negócio.

A crise não é de todo ruim. Foi este o tom adotado por Ítalo Freitas, vice-presidente de Operações da Geração e Serviços Compartilhados na AES Brasil, ao discursar para uma platéia com mais de 400 profissionais nesta terça-feira, 04, durante evento promovido pela Associação Brasileira de Manutenção e Gestão de Ativos (Abraman).

Segundo o executivo, a Gestão de Ativos evidencia números, tendências e habilidades corporativas que podem ser utilizadas em novas frentes de negócio, “além de contribuir sobremaneira para o desempenho operacional da companhia”.

Freitas citou o caso da unidade da AES no Chile, país que, segundo ele, também sofre com a escassez de água e, consequentemente, com o custo elevado da energia elétrica. Naquele país, uma das usinas da AES está instalada numa região litorânea e utiliza água dessalinizada para a geração de energia elétrica. “Face à baixa da demanda – não tanto quanto o Brasil porque eles não estão em recessão – e, consequente, perda de receita, eles passaram a oferecer, não energia, mas a água dessalinizada às indústrias situadas na mesma região”, conta.

Segundo Freitas, a tecnologia da informação aplicada na Gestão de Ativos permitiu identificar lacunas internas e externas, até chegar à identificação de nova oportunidade de negócio. Os ativos utilizados para a dessalinização foram aplicados em outra atividade, que não a geração de energia elétrica e, hoje, 40% da receita da usina vem da venda de água.

“A reavaliação do ativo passou desde a identificação do problema até a solução. O exercício é conectar a estratégia da gestão de ativos com a estratégia corporativa, porque o pessoal de negócios “, declarou Ítalo Freitas.