Gruas da Liebherr operam a até 185 m em obra goiana

Da Redação – 14.07.2016 –

Equipamentos são usados de modo ascensional (dentro do poço de elevadores) pela primeira vez no Brasil, e içam uma série de materiais, como estruturas metálicas, fôrmas, concreto e cabos.

Gruas Liebherr (800x545)Dois guindastes de torre (gruas) fabricados no Brasil pela Liebherr são utilizados em obra recorde de altura no Centro-Oeste. Trata-se do Órion Business & Health Complex, empreendimento comercial do Consórcio Construtor GVC & FR Incorporadora, em Goiânia (GO), e cujas obras ocorrem desde março de 2014. Até o momento, uma das gruas já operou a 134 metros e a previsão é que chegue a até 185 metros no termino da operação, previsto para janeiro de 2017.

O complexo predial está sendo construído em estrutura de concreto armado e protendido, com vedação em blocos de concreto e drywall, e as gruas são usadas para o transporte de diversos tipos de materiais, como fôrmas, ferragens, concreto, estruturas metálicas e cabos. Elas atendem cerca de 95% da área total de construção do complexo, com mais de 124 mil metros quadrados.

Segundo a Liebherr, essas gruas merecem destaque porque operam de forma ascensional (dentro do poço do elevador) pela primeira vez no Brasil. Com isso, garante a fabricante, são necessários menos segmentos de torre para se atingir a altura pretendida na obra.

A fabricante informa ainda que as gruas em questão foram adquiridas com altura livre de gancho de 36,2 metros e 28,4 metros cada. Essa diferença entre as alturas de montagem inicial dos equipamentos foi estabelecida para que as lanças, montadas respectivamente com 50 e 25 metros, não interfiram uma na outra.

As bases dos equipamentos foram integradas à fundação da obra, para evitar custos adicionais de fundação. Após os pavimentos atingirem 10,2 metros de altura, considerando que o nível inicial da obra era de menos 9,4 metros, foi realizada a primeira telescopagem ascensional. Com duas ancoragens, as bases dos equipamentos foram soltas do solo, e por meio de mecanismos dos próprios guindastes, os equipamentos foram erguidos. Com essa operação, segundo a Liebherr, os equipamentos efetivamente deixam de tocar o solo e passam a ficar apoiados no edifício. O procedimento é repetido até que se atinja a altura desejada.

A fabricante pondera que não é somente a altura da obra que deve ser levada em conta ao optar por um equipamento ascensional. “Entre outros fatores, o posicionamento das torres e, consequentemente, dos equipamentos, também é essencial, pois quanto mais centrais na obra, maior a área que o guindaste poderá cobrir”, informa a Liebherr, destacando que o estudo da aplicação dos equipamentos é fundamental, pois cada obra possui características peculiares.