Grupo Bolognesi confirma política agressiva na área de gás

Por Nelson Valêncio – 25.06.2015 –

Projetos em Suape (PE) e Rio Grande (RS) envolvem investimentos de R$ 6,6 bi.

Fotos das obras do Pier Petroleiro de Suape (PE)
Fotos das obras do Pier Petroleiro de Suape (PE)

Paulo César Rutzen, CEO da Bolognesi Energia, empresa do grupo gaúcho dedicado ao setor energético, confirmou agora de manhã que o foco da empresa está nos investimentos em gás, tanto o natural como o GNL. O executivo reforçou a estratégia durante o 16º Seminário sobre Gás Natural, organizado pelo Instituto Nacional do Petróleo (INP) no Rio de Janeiro. A companhia tem operações com pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) em vários estados e um parque de usinas eólicas, mas o gás assume uma importância vital com dois projetos, que totalizam um investimento de capital de R$ 6,6 bilhões.

Um terço do montante deve ser assumido pelo grupo, com financiamento da parcela maior, incluindo aporte do BNDES e do Eximbank (EUA) e da emissão de debentures de infraestrutura nos mercados brasileiro e internacional. Nos dois casos os empreendimentos envolvem usina térmica e operação de regaseificação.

O primeiro deles, em Rio Grande, litoral do Rio Grande do Sul, entra em construção ainda em agosto deste ano. Um projeto de mesmo porte será erguido no Porto de Suape, em Pernambuco. Em ambos, a produção a ser processada envolve 14 milhões de m³ ao dia de gás natural liquefeito (GNL), dos quais 5,5 milhões de m³/dia serão absorvidos pela térmica e o volume maior oferecido ao mercado.

Ambas as instalações vão operar com turbinas de tecnologia da GE e capacidade nominal para 1,5 MW de geração. A capacidade real, segundo Rutzen, deverá ficar na ordem de 1,4 MW. Nos dois empreendimentos, além do suporte da GE, a espanhola Duro Felguera está entre os parceiros.