Grupo cria iniciativa para ampliar digitalização da construção civil

Da Redação – 12.03.2018 –

Iniciativa envolve empresas como Mega Sistemas, Gafisa, Deca, Eztec e Samsumg, com coordenação do Centro de Tecnologia em Edificações (CTE)

Como já foi apontado aqui no InfraROI, a construção civil está chegando atrasada ao mundo da digitalização, mesmo em países avançados como os Estados Unidos. Para encurtar o gap em relação a outros segmentos, várias iniciativas estão sendo feitas e a mais recente delas é a Rede Construção Digital, um núcleo de relacionamento, pesquisa e negócios formado por pouco mais de 30 empresas. O grupo inclui desde construtoras tradicionais, fabricantes de insumos para o setor e companhias como a Mega Sistemas, desenvolvedora de plataformas para o segmento. A Rede não é fechada, ou seja, qualquer empresa que potencialmente faça parte do ecossistema pode se integrar ao movimento, coordenado pelo CTE em São Paulo.

Segundo Lucas Freitas, executivo que lidera a área de construção na Mega Sistemas, a ideia é criar o mesmo mecanismo existente na indústria automotiva, onde toda a cadeia produtiva troca experiências e favorece o desenvolvimento de negócios. “Nossa meta é trazer mais tecnologia para a construção civil, incluindo recursos como inteligência artificial e realidade aumentada”, explica. Autodenominado um “evangelizador” de inovações no segmento, Freitas atua há mais de dez anos especificamente aplicando TI em construção civil.

Já a Mega Sistemas – que nasceu focada no setor há 20 anos – continua tendo o segmento como seu carro chefe. Na avaliação de Freitas, metade da carteira de clientes da companhia faz parte do ecossistema de construção civil, principalmente do ERP que seria o líder de adoção do setor, seja em seu formato completo ou com uso de partes da suíte.  “Conseguimos integrar desde informações do canteiro de obras até o processo tributário”, resume o especialista. Freitas lembra que o avanço da digitalização nos canteiros é inevitável e que as tecnologias de TI devem deixar de ser vistas como custo marginal e sim investimento para controlar todo o avanço dos empreendimentos.