Ilha habitada mais remota do Brasil pode ter energia renovável

Da Redação – 27.03.2017 –

Projeto de Itaipu Binacional e do Parque Tecnológico Itaipu (PTI) planejam ativação de energia solar combinada com banco de baterias no local, distante 1.160 km da costa de Vitória (ES)

Profissionais das duas instituições foram à Ilha de Trindade, no Oceano Atlântico, nesta semana, dimensionar a demanda por energia elétrica no local. O sistema atual de energia, que abastece residências e outras instalações, é o de geradores a diesel, caros e poluentes. A solução para eles pode vir de um projeto conjunto entre Itaipu e PTI: a ativação de fontes renováveis – solar ou eólica ou o conjunto das duas – combinadas com o armazenamento em baterias.

Tecnicamente falando, o projeto pode envolver a instalação de um módulo do Sistema Inteligente de Armazenamento de Energia (IESS, na sigla em inglês), projeto desenvolvido por Itaipu e que integra painéis solares a um banco de baterias de sódio. Esse é a avaliação inicial, segundo a geradora. O sistema alternativo substituiria o atual, cuja logística de abastecimento exige o envio de diesel por meio de embarcações que demoram entre dois a três dias para chegar à Ilha.

Segundo Itaipu, a ida dos engenheiros da usina e do PTI à Trindade é uma das primeiras ações dentro do protocolo de intenções assinado com a Marinha do Brasil, em novembro passado. A armada é responsável pela administração da ilha. Pelo acordo haverá o intercâmbio e cooperação técnico-científica em projetos nas áreas de segurança de estruturas estratégicas, segurança de informação e comunicações, segurança cibernética, eficiência energética – entre outros campos de estudo.