Implementos rodoviários: setor trabalha para fechar 2016 com 0% de crescimento

Da redação – 10.02.2016 –

Mês de janeiro mostra queda de 46% em relação ao mesmo período de 2015, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir).

Nem o mais recente pacote de estímulos à economia, estimado em R$ 83 bilhões, é suficiente para aplacar as previsões da Associação Nacional dos Fabricantes de Implementos Rodoviários (Anfir) para esse ano. Segundo Mario Rinaldi, diretor executivo da Anfir, os últimos resultados de vendas no setor sinalizam que “a indústria terá que trabalhar muito somente para atingir a previsão para 2016, que é a de crescimento zero”.

De acordo com a entidade, o número de emplacamentos de implementos rodoviários foi de 4.493 unidades no primeiro mês do ano contra 8.338 registrados no mesmo período de 2015. Percentualmente, a queda foi de 46% no período. Especificamente no segmento de reboques e semirreboques, usados prioritariamente na construção e na mineração, a redução foi de 27,2%, um valor menor do que o número geral do setor. Segundo a Anfir, foram emplacadas 1.615 unidades em janeiro desse ano ante as 2.220 do mesmo período de 2015.

Os resultados anunciados pela associação mostram que o ano começou quebrando marcas históricas – e para pior. A redução no segmento citado foi a pior desde 2004. No mercado de Leves, Carroceria sobre Chassi, o resultado é o menor desde janeiro de 2008: 2.878 unidades contra 6.118 produtos no mesmo período do ano passado, ou seja, um retrocesso de 53%.

O mercado coberto pela Anfir já havia sofrido uma queda de 51% em 2015, com pouco mais de 88 mil emplacamentos. Segundo Rinaldi, o principal obstáculo para as empresas tomarem emprestado os recursos oferecidos pelo governo nas sete linhas de crédito é o temor do prolongamento da recessão. “O empresário teme contrair dívidas quando o cenário é muito adverso”, finaliza.