Internet das coisas avança e é usada até na gestão de lixo

Da Redação – 28.10.2015 –  

Empresa brasileira mostra, na Futurecom 2015, tecnologia já adotada em Santander, na Espanha, referência em cidade inteligente. Soluções envolvem gerenciamento de iluminação pública, lixo e de qualidade do ar, entre outros.  

Um sistema com mais de 80 sensores diferentes, que podem ser usados em aplicações como gerenciamento de iluminação pública e gestão do recolhimento de lixo, é um dos recursos que estão sendo mostrados em São Paulo. A tecnologia faz parte de uma cidade inteligente montada pela PromonLogicalis na Futurecom desse ano, feira e congresso que acontece até essa quinta-feira, dia 29. Os exemplos apresentados adotam tecnologia da espanhola Libelium, distribuída no Brasil pela N1 Telecom, e que já são usados no projeto de cidade inteligente de Santander, na Espanha.

“Nossa concepção de IoT envolve sistema e não apenas os sensores”, explica Anderson Pizzolato, diretor de Tecnologia da N1. Para ele, os recursos de internet das coisas reforçam a transformação das cidades digitais em cidades inteligentes. “Somos parte de um sistema e, na Futurecom, estamos integrando mais de 80 sensores diferentes”, completa. O grupo de dispositivos está dedicado a aplicações de iluminação pública e de gerenciamento de lixo, entre outros.

No primeiro caso, os sensores permitem que a intensidade da iluminação seja controlada, gerenciando o nível de luz de acordo com a presença de pessoas. Já os sensores de lixo monitoram o volume das latas e fazem o alerta automático, acionando os caminhões para recolhimento dos resíduos. O medidor de qualidade do ar, por outro lado, avalia o nível de poeira e o de ruído no entorno dos locais. “A polícia pode ser alertada automaticamente nos casos em que a música supera os níveis permitidos”, explica Pizzolato.

Em termos de configuração de rede, os sensores conversam entre si, o que cria uma arquitetura mesh redundante de transmissão de dados. O padrão é a comunicação via protocolo 802.15.4, o ZigBee. “Ele atende perfeitamente, porque a rede de sensores não exige um envio intenso de dados”, complementa o diretor de Tecnologia do N1. Energeticamente, os dispositivos podem ser alimentados via painéis solares ou porta USB.

Pizzolato destaca que a inclusão da Libelium no portfólio da empresa complementa a oferta que já inclui a instalação de redes Wi-Fi administrativas com equipamentos da InfiNET e Alvarium, e redes Wi-Fi de alta densidade com tecnologia da norte-americana Xirrus, entre outros produtos. Nesse último caso, ele cita como exemplos os estádios de futebol (mais de 50 mil conexões simultâneas), entre os projetos. “Para nós, alta densidade envolve pelo menos 3 mil conexões ao mesmo tempo”, finaliza o executivo.