Internet das Coisas (IoT) avança no mercado de infraestrutura

Exemplos vêm de Israel, Coréia do Sul e da Alemanha, entre outros, segundo relatório conjunto da DHL e da Cisco.

Por Nelson Valêncio 04.05.2014

IOTA futura movimentação trilionária da Internet das Coisas (IoT) também atinge o mercado de infraestrutura, como aponta o relatório conjunto da DHL e da Cisco, citada em matéria do InfraROI. A israelense Hagihon é apontada como líder no uso de dispositivos inteligentes para melhorar o gerenciamento do seu sistema de água, além da manutenção e coleta de receitas em Jerusalém. Usando a combinação de alta e baixa tecnologia, a empresa tem conseguido reduzir a perda de água, mesmo numa região semi-árida. Os recursos incluem sensores utilizados nos mecanismos de bombeamento e na rede, os quais rastreiam o fluxo e a pressão da água.

A empresa usa o SCADA, sistema de controle e supervisão e aquisição de dados, tradicionalmente adotado há décadas por várias indústrias, mas também mescla a utilização de mecanismos de informação geográfica (GIS), os quais dão um quadro da situação em tempo real às equipes de campo. Com sensores acústicos combinados com GPS e tecnologia móvel e dados nas nuvens, os técnicos conseguem mapear onde estão os vazamentos e enviam os dados ao ERP da empresa, possibilitando que outros profissionais tenham acesso às informações mesmo via equipamentos móveis como smartphones.

Na Coréia do Sul, o IoT está presente nas iniciativas do Topis, centro de informação de transporte da capital, Seul. Em 2004, a instituição criou um sistema de monitoramento da frota de ônibus, de táxis e, inclusive, de motoristas que adotam o GPS. Com isso, a coleta de dados permite a criação de uma política de transporte de base científica. Do lado público, os cidadãos têm acesso direto aos dados sobre as linhas urbanas durante 24 horas.
Na Alemanha, mais especificamente em Hamburgo, as ações devem com IoT devem suportar o crescimento da instalação, o segundo porto mais movimentado da Europa. Na avaliação da instituição que dirige a área, a meta é aumentar o apoio da infraestrutura de TI no desenvolvimento do porto e reduzir o impacto do tráfego que atende o local. Mais de 300 sensores de tráfego foram instalados para monitorar o acesso ao porto e verificar o desgaste causado nas pontes locais. Sinais digitais e aplicativos direcionam os motoristas e dão informações sobre estacionamentos.

Os sensores também avançam para os canais marítimos próximos, os quais controlam o tráfego dos navios. Com a adição de outros dados das estradas regionais, o sistema permite um gerenciamento mais eficaz e reduz o impacto do porto sobre a cidade.