ISA CTEEP inaugura primeira subestação digital do Sistema Interligado Nacional

Redação – 21.10.2021 – Empreendimento representa um marco rumo à Subestação 4.0 e vai duplicar o abastecimento de energia para a região do Vale do Paraíba, que passa a contar com um sistema redundante A cidade de Lorena (SP) recebeu a primeira subestação digital da rede básica do Sistema Interligado Nacional (SIN), desenvolvida pela ISA CTEEP, […]

Por Redação

em 21 de Outubro de 2021
Redação – 21.10.2021 – Empreendimento representa um marco rumo à Subestação 4.0 e vai duplicar o abastecimento de energia para a região do Vale do Paraíba, que passa a contar com um sistema redundante

A cidade de Lorena (SP) recebeu a primeira subestação digital da rede básica do Sistema Interligado Nacional (SIN), desenvolvida pela ISA CTEEP, maior transmissora privada de energia elétrica do País. O empreendimento, inaugurado na quarta-feira (19/10), é o primeiro a contemplar a aplicação da solução digital no Grupo ISA e faz parte da Interligação Elétrica Itapura. 

A subestação conta com um banco de autotransformadores com capacidade instalada de 1,2 mil MVA, capaz de abastecer duas cidades do porte de São José dos Campos (SP). O projeto vai beneficiar a região do Vale do Paraíba. 

De acordo com a empresa, a subestação Lorena representa um marco na transformação digital da ISA CTEEP. Por ser “digital”, a infraestrutura amplia o escopo de coleta das informações e parâmetros, além do processamento de dados. Isso acontece por meio de tecnologias como fibra ótica e big data, que contribuem para que a operação seja mais confiável ao longo de todo o ciclo de vida da subestação. 

O empreendimento tem investimento previsto pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de R$ 238 milhões, com Receita Anual Permitida (RAP) de R$ 11,8 milhões no ciclo 2021-2022, e foi entregue em setembro, um ano de antecedência em relação ao prazo do regulador. 

Os principais benefícios e diferenciais da subestação digital

  • A coleta e o processamento mais ágeis das informações, 50% mais rápidos do que uma subestação convencional, promovem a tomada de decisão mais precisa e confiável, aumentando a eficiência na prestação do serviço. 
  • A manutenção também se apoia na tecnologia digital, pois cada um dos equipamentos da subestação é monitorado remotamente de maneira que, se houver uma falha, a companhia sabe exatamente onde atuar, antecipando-se e evitando a interrupção do fornecimento de energia. 
  • A subestação digital é concebida com cabos de fibra ótica, enquanto a convencional é de cobre. Com isso, é possível reduzir em 50% o uso de cabos e estruturas e, consequentemente, a geração de resíduos para o meio ambiente, já que a arquitetura de comunicação em fibra ótica é capaz de realizar diversas funções, enquanto o cobre faz somente uma. 
  • Ainda, a sala de comando, onde estão concentrados todos os equipamentos e dispositivos para controle e proteção da subestação, é compacta e 30% menor do que a de uma subestação convencional, o que também reduz o impacto ao meio ambiente, devido à menor necessidade de construção civil. 
  • Mais segurança aos colaboradores: os cabos de cobre foram substituídos por fibra ótica, mais seguros no processo de manutenção do empreendimento, uma vez que os técnicos não precisam intervir diretamente e de forma constante nos circuitos, já que esse trabalho é feito diretamente da sala de comando. 

Subestação 4.0

A digitalização de subestações faz parte de um conceito de Subestação 4.0. O projeto, classificado no programa de Pesquisa & Desenvolvimento (P&D) da Aneel, foi iniciado neste ano e prevê o desenvolvimento de estudos de requisitos e desempenho de um sistema de proteção, controle, automação e monitoramento para o desenvolvimento de um conceito de subestação do futuro com implantação de um piloto como plataforma de testes na subestação Jaguariúna (SP). 

O P&D prevê investimento de mais de R$ 10 milhões e o início de montagem dos painéis e o desenvolvimento de arquitetura está previsto para acontecer ainda este ano. O projeto está sendo desenvolvido em parceria com o Laboratório de Proteção e Automação da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (LPROT – USP), o LSI Tec, ABB Eletrificação e a Hitachi ABB.