O provedor de internet Osirnet, com sede em Pelotas (RS), conseguiu R$ 47 milhões em recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) para reconstruir sua infraestrutura de fibra óptica danificada pelas fortes chuvas que atingiram o estado há cerca de um ano.
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O investimento será realizado por meio de duas linhas de crédito aprovadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Uma é a operação de crédito, no valor de R$ 20 milhões, que foi aprovada no âmbito do Fust Giro Emergencial. O recurso será utilizado para garantir capital de giro e apoiar as obras de reconstrução de infraestruturas de telecomunicações afetadas por eventos climáticos extremos. Na ocasião, 24 municípios onde a Osirnet atua decretaram estado de calamidade pública, impactando diretamente mais de 64 mil clientes.
Com uma rede que percorre 36 municípios, a empresa teve parte de sua infraestrutura severamente danificada. O financiamento emergencial busca preservar empregos e manter a prestação de serviços essenciais em um momento de crise.
Osirnet também vai ampliar acesso à internet na região
A outra linha de crédito, no valor de R$ 27 milhões, está inserida na linha Fust Padronizado, voltada a projetos estruturantes. O recurso permitirá a construção de 285 km de rede de fibra óptica, interligando 18 escolas públicas em 13 municípios, e promovendo a inclusão digital de cerca de 1,5 mil alunos. A iniciativa também prevê a instalação de redes internas nas escolas e a oferta de internet gratuita.
Além do impacto educacional, o plano de expansão também prevê a criação de 8 mil novas conexões domiciliares e empresariais nas cidades beneficiadas, bem como a instalação de 145 km de rede de transporte de alta capacidade, atendendo a três novos municípios. Estima-se que essas iniciativas possam gerar cerca de 4 mil novas conexões adicionais, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social da região.
O Fust viabiliza recursos para iniciativas de universalização dos serviços de telecomunicações que não podem ser realizadas por meio da exploração comercial eficiente. As principais receitas que compõem o fundo são a contribuição de 1% sobre a receita operacional bruta decorrente da prestação de serviços de telecomunicações nos regimes público e privado, além das transferências de recursos provenientes do Fistel (Fundo de Fiscalização das Telecomunicações).