Itaipu usa IoT para monitorar qualidade da água nos reservatórios

Redação – 06.05.2019 –

A Usina Hidrelétrica de Itaipu tem três novas estações de monitoramento da qualidade da água do reservatório. Cada uma tem uma sonda com conjunto de senadores que medem parâmetros como temperatura, nível de oxigênio dissolvido, turbidez e PH. O monitoramento auxilia medidas ambientais ao permitir observar alterações causadas pela represa na bacia hidrográfica de Itaipu, formada pro rios como o Paraná, Ocoy e São Francisco Verdadeiro.

A cada três horas, a sonda desce e faz as medições em diferentes profundidades. Todo o sistema é alimentado pela energia gerada em uma placa solar. “Quando o monitoramento é realizado com frequência, as alterações causadas pelas represas podem ser observadas no início e, se for preciso, podemos intervir”, diz a bióloga Jussara de Souza. “Outro motivo é que podemos avaliar, a longo prazo, os efeitos na qualidade da água promovidos pelo programa de gestão de bacia da Itaipu”, completa.

Esse tipo de monitoramento acontece desde 1977, com as saídas a campo dos profissionais para fazer a coleta das informações manualmente. “É um trabalho demorado, leva 15 dias para fazer a coleta”, explica a bióloga Simone Benassi. Com a nova tecnologia, segundo ela, a informação chega direto no computador.

As saídas a campo ainda acontecem para coletar dados que as estações automatizadas não medem – como quantidade de nitrogênio, fosfato, metais pesados e micropoluentes – e em outras localidades onde ainda não há a sonda. Além disso, uma equipe especializada faz a manutenção das estações a cada três meses, quando vão a barco até cada uma das estações para limpar a sonda e retirar o excesso de barro dos sensores.