Itaipu vira laboratório vivo para carros elétricos

Da Redação – 26.07.2017 –

A hidrelétrica terá oito postos de compartilhamento de veículos até o final do ano, cobrindo toda a área da central

Além de deter o posto de maior produtor mundial de energia renovável – via geração hidrelétrica – Itaipu Binacional avança na experimentação de carros elétricos. A empresa deve fechar o ano com uma novidade: carros compartilhados disponíveis para a locomoção de seus funcionários. A novidade é que eles todos são elétricos e a gestão do uso acontece via o aplicativo Mob-i, criado especialmente para o compartilhamento. Moderno, né?

A finalização da cobertura deve envolver oito postos de compartilhamento e 15 veículos elétricos do tipo Twizy, ou seja, a quantidade de espaços físicos para troca dos carros dobraria, uma vez que o quarto posto acaba de ser ativado. O projeto, conhecido como Sistema de Compartilhamento Inteligente (SCI), foi lançado no final do ano passado em parceria com o Parque Tecnológico Itaipu (PTI) e com o Centro de Excelência para a Inovação da Indústria Automóvel (Ceiia), de Portugal.

Com o sistema, os colaboradores da Itaipu e do PTI que necessitem fazer deslocamento dentro da margem brasileira da usina, poderão estar “eletrificados” até o final de 2017. “Nosso objetivo é, até o final do ano, chegar a entre 250 e 300 usuários do sistema”, projeta Eduardo Fontes Silveira, da Assessoria de Mobilidade Elétrica da Itaipu. Atualmente, 160 pessoas já fizeram o cadastro no aplicativo Mob-i e já estão aptas a usar o sistema de compartilhamento.

Desde que foi lançado, em dezembro de 2016, os Twizy compartilhados já rodaram 7.633 km dentro da empresa. Neste período, eles foram usados em 863 ocasiões, com média de uso de uma a duas horas por saída. A maior parte dos trajetos de uso liga a Barreira de Controle ao Edifício de Produção.

Para Eduardo, o SCI ajuda a criar uma cultura de compartilhamento já bastante difundida na sociedade, como nos aplicativos Uber e Spotify em que a pessoa paga pelo uso e não pelo produto em si. De acordo com ele, no caso de Itaipu, esta cultura gera uma grande economia de manutenção da frota da empresa. A tecnologia também permite fazer um monitoramento do uso do veículo, como eficiência, quilometragem e indicadores de sustentabilidade (como a quantidade de CO2 que o VE evitou emitir para a atmosfera).