Japão lidera pedidos de patentes em IoT e IA

Redação – 29.03.2021 –

EUA e China são os que mais têm pedidos de patentes tecnológicas no mundo. Brasil aparece na quinta posição.

Segundo a Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI), desde 2013 os pedidos de patentes relacionados à Inteligência Artificial vêm crescendo a uma média anual de 28%. Ainda de acordo com o relatório, das 20 maiores empresas que registram patentes relacionadas à essa tecnologia, 12 estão no Japão. Por outro lado, quase a totalidade das patentes registradas por uma das gigantes de telecomunicações chinesa, que liderou o ranking mundial, teve foco nas tecnologias 5G. De acordo com a Organização Mundial de Propriedade Intelectual (WIPO), com sede na Suíça, o país de Xi Jinping registrou 68.720 aplicações ao todo.

Em 2020, a tecnologia da computação foi responsável pela maior parte dos registros desse campo por meio do Tratado de Cooperação de Patentes (PCT), da OMPI, uma das métricas mais utilizadas para medir a atividade inovadora, representando 9,2% do total. A comunicação digital veio logo atrás, com 8,3%. Já as tecnologias médicas e maquinários elétricos empataram, com 6,6% cada.

O Japão registrou, ao todo, 50.920 aplicações, mantendo a terceira posição no ranking de países, depois da China e EUA. Entre as empresas de todo o mundo, a japonesa Mitsubishi Electric aparece em terceiro lugar, com 2.810 registros, logo atrás das duas maiores gigantes de telecomunicações.

O Brasil também vem se posicionando aos poucos no ramo da inovação. De acordo com o último relatório apresentado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), o país está entre os cinco que mais cresceram em registros de patente no último ano, com um aumento de 8,4%. Em todo o mundo, o número total de patentes subiu para 275.900 solicitações, um crescimento de 4% em comparação com 2019.

O país vem tentando implementar uma série de medidas para agilizar as aprovações de novas patentes. Entre elas está a eliminação dos backlogs, que consistem na reavaliação dos pedidos já aprovados em uma primeira fase. Outra iniciativa é a criação da Estratégia Nacional de Propriedade Intelectual (ENPI), que tem como objetivo construir um sistema único nacional e efetivo para incentivar os investimentos em inovação, bem como a inserção do país no sistema global de patentes.

De acordo com Fabiano Lourenço, vice-presidente da Mitsubishi Electric do Brasil, a corrida pela inovação passa, necessariamente, por tecnologias como Inteligência Artificial e IoT. Na Indústria 4.0, a integração e a convergência entre equipamentos são os pilares para o desenvolvimento econômico.

“A exemplo dos países que estão na vanguarda dessa transformação no ramo industrial, como Japão e China, o Brasil também vem cavando seu lugar em busca dessa maturidade, e os investimentos recentes demonstram que estamos no caminho certo”, ressalta o executivo.