Ao fim de 2024, a receita da Vibra chegou a R$ 173 bilhões, uma alta de 5,7% em relação ao ano anterior, enquanto o lucro líquido cresceu 33% e chegou a R$ 6,4 bilhões. Os resultados financeiros foram beneficiados pelo volume de vendas de combustível da distribuidora, que alcançou 35.821 mil m³. O EBITDA ajustado foi de R$ 6,3 bilhões, com uma margem EBITDA ajustada de R$ 175/m³. O fluxo de caixa livre (FCL) somou R$ 3,3 bilhões.
A companhia destaca algumas ações que levaram aos bons resultados, como a disciplina financeira, que reduziu os gastos em 6% e trouxe uma economia de aproximadamente R$ 170 milhões em comparação com 2023. A Vibra também aponta que conseguiu 31% do market share com a rede embandeirada, com suas 7,8 mil unidades, e se consolidou no nos segmentos premium (43,7% de market-share).
No segmento B2B, a Vibra priorizou clientes diretos, impulsionada pelo agronegócio e pela forte recuperação do mercado de aviação, que registrou crescimento de 10% no volume de vendas em relação a 2023.
Outros segmentos de atuação
O mercado de lubrificantes também teve destaque em 2024, com a expansão da oferta de produtos de alto valor agregado e a modernização da planta de Lubrax. A marca ampliou sua atuação em segmentos estratégicos, como montadoras e agronegócio, enquanto Lubrax+, maior rede de serviços automotivos do Brasil, fortaleceu sua penetração na rede de postos.
Na frente de energia renovável, a Vibra deu um passo decisivo com a aquisição dos 50% restantes da Comerc. A Comerc gerou R$ 1,08 bilhão de EBITDA proforma nos últimos 12 meses, alinhado ao guidance de 2024, e reforçou o portfólio da Vibra com geração solar, eólica e eficiência energética. Esse movimento estratégico posiciona a companhia como protagonista na transição energética do Brasil.
Histórico
A Vibra nasceu como BR Distribuidora, braço de distribuição de combustíveis da Petrobras, que dominava esse setor no Brasil. Em 2019, a Petrobras vendeu o controle da empresa como parte de sua estratégia de desinvestimentos, tornando a BR Distribuidora uma companhia privada. A venda ocorreu por meio de uma oferta de ações na Bolsa de Valores, e a partir desse momento, a empresa começou a operar de forma independente.
Em 2021, para marcar essa nova fase, a empresa mudou seu nome para Vibra Energia, reforçando seu posicionamento como uma companhia que busca atuar além da distribuição de combustíveis, expandindo sua presença no setor de energia como um todo.
Entre as iniciativas mais notáveis da companhia, estava o fortalecimento das lojas de conveniências nos postos de combustíveis. A Vibra formou uma joint venture com a varejista Americanas para administrar as lojas de conveniência BR Mania e os serviços de locação de veículos Local Petrobras. No entanto, em 2023, com a crise financeira da Americanas e as denúncias de fraude contábil que impactaram a empresa, a Vibra decidiu romper a parceria e assumir 100% das operações da BR Mania e da Local Petrobras.
A empresa também tem investido na comercialização de energia elétrica e em biocombustíveis, buscando uma transição energética. Complementando essa estratégia, a Vibra tem explorado infraestrutura para carregamento de veículos elétricos e novas soluções logísticas para frotas empresariais.