Maior caminhão da AL para carga de alto valor é brasileiro

Da Redação – 02.03.2018 –

Veículo foi desenvolvido para transporte de celulares, medicamentos, eletrônicos e cigarros

O Brasil não é para principiantes, inclusive quando se trata de roubo de cargas. Para driblar as estatísticas – prejuízo de quase R$ 862 milhões somente no Rio de Janeiro no ano passado – a indústria de veículos se aprimora. É o caso do Rodotrem MB 2644 AXOR, maior caminhão para o transporte de mercadorias de alto valor agregado da América Latina. Composto por um cavalo mecânico blindado e equipado com tecnologia de segurança de ponta embarcada, o veículo transita – sem leveza – mas com maior segurança.

O caminhão é da Prosegur, empresa de logística que pretende ampliar o atendimento das operações de cargas fracionadas, coletas e entregas de volumes menores, utilizando a estrutura de carros-fortes que são ideais para cargas de pequeno porte. “Para a divisão de cargas especiais, vamos adquirir novos equipamentos, ferramentas e sistemas de gestão de transporte”, afirma o diretor comercial e de estratégia da Prosegur Cash, Sergio França.

A companhia deve apresentar as novidades na Intermodal 2018, feira do setor, que acontece em março em São Paulo, e mostrar como investiu R$ 4,3 milhões em veículos especiais. Durante o evento, a Transvip Brasil, empresa de transporte de valores, vai destacar a ampliação de sua frota – hoje com treze veículos – para transporte de valores, entre eles, carretas blindadas e caminhões.

“Aguardamos a entrega de 10 caminhões blindados, com a perspectiva de aumentar ainda mais esse número. Investimos cerca de R$ 5 milhões neste projeto para 2018, com a compra de novas carretas e de outras tecnologias de segurança”, afirma Marcos Guilherme Dias da Cunha, diretor geral da empresa. Segundo ele, além da blindagem, entre as medidas de segurança reforçadas, estão o rastreamento por GPS e via satélite, desde a coleta dos produtos até a entrega, o sistema de vídeo de monitoramento, botão de pânico, fechadura e sensores de portas.

Como se vê, o aumento de frotas indica que o setor está aquecido e a ameaça também. Voltando aos dados do setor e tomando o Rio de Janeiro como exemplo, o aumento de roubo no estado do Sudeste foi de 40% em 2017, quando comparado a 2016, ou seja, R$ 242 milhões a mais foram roubados, como indica o levantamento da MC2R Inteligência Estratégica.