Medalha de bronze para o cobre brasileiro

Da Redação – 24.07.2017 –

Mineradora Paranapanema reduz perdas, mas ainda apresenta resultado negativo. Novidade é acordo com a europeia Glencore

Apesar de ter atingido uma receita líquida de R$ 643,9 milhões no segundo trimestre do ano, a Paranapanema registrou uma perda de R$ 73,1 milhões. Os números da maior produtora brasileira de cobre ficaram, no entanto, melhores do que o resultado anterior: no segundo trimestre do ano passado as perdas foram ainda maiores: R$ 280,5 milhões. O que explica os resultados atuais?

Segundo a Paranapanema, o resultado está relacionado “à redução temporária da compra de matéria-prima para produção de cobre primário”. Um exemplo é a utilização média de 48% de sua capacidade instalada para produção do minério primário no trimestre, quando no mesmo período do ano passado, cerca de 95% da capacidade estava ativa. Em função disso, a produção foi reduzida em 44%.

Em números exatos, a mineradora produziu 59,3 mil toneladas, das quais 27,5 mil foram de cobre primário e 31,8 mil toneladas de produtos de cobre. Em coprodutos, como ácido sulfúrico e lama anódica, a companhia atingiu 157,6 mil toneladas. O prêmio por tonelada vendida, no entanto, aumentou 21%, refletindo nova estratégia comercial adotada pela companhia. O prêmio como percentual sobre receita líquida subiu 2.8 pontos percentuais.

Já a entrada da Glencore faz parte da reestruturação da Paranapanema e inclui um aporte de investimento – novas ações subscritas – de R$66 milhões. O negócio prevê ainda que a multinacional indique um membro para compor o conselho de administração da Paranapanema. O segundo trimestre de foi marcado também pela continuidade do processo de reestruturação e renegociação de 84% das dívidas da empresa com os seus credores. Com a renegociação, a direção da empresa pretende aumentar a liquidez da Paranapanema e, ao mesmo tempo, reduzir o nível de alavancagem, por meio da melhora significativa do perfil de sua dívida.