Medidores ultrassônicos de vazão ganham espaço em plantas de biogás

Redação – 09.09.2019 –

Medição do fluxo é um dos desafios segundo especialistas da Krohne

A fabricante alemã aposta nos medidores ultrassônicos de vazão para resolver um dos desafios do setor de biogás. Explicando: o alto teor de água e dióxido de carbono (CO2) faz do biogás um meio exigente e uma tarefa de medição difícil. Os medidores ultrassônicos tornariam as medições estáveis e gerenciáveis, com destaque para o método diferencial de trânsito no tempo para garantir a medição de vazão com um alto grau de estabilidade a longo prazo, independentemente da composição do gás.

As inovações são importantes pelo crescimento do setor. De acordo com a Krohne, somente nos Estados Unidos há 2 mil sites de produção de biogás e outros 12 mil  considerados maduros para o desenvolvimento. O biogás estaria sendo promovido nos Estados Unidos, segundo a empresa, como uma alternativa aos combustíveis convencionais, pois aumenta a segurança energética e produz menos emissões de gases de efeito estufa, além de outros benefícios ambientais e econômicos.

A Europa, por sua vez, tem mais de 10 mil digestores em operação. Mais de 1 mil novas usinas de biogás foram construídas em 2011 somente na Alemanha. Hoje, mais de 7 mil instalações geram uma energia elétrica total de mais de 3000 MW, com tendência de crescimento. Em poucos anos, o biogás alcançou uma parcela de cerca de 3% do consumo total de energia na Alemanha.

Medir o conteúdo de metano é crucial para operações bem-sucedidas

Quando se trata de usar biogás, é essencial conhecer o conteúdo de metano (CH4). A operação de motores a gás em uma usina combinada de calor e energia de maneira suave e eficiente só pode ser garantida se o biogás tiver o teor mínimo adequado de metano. O operador da planta deve, portanto, estar familiarizado com a composição e quantidade do biogás utilizado.

Como o conteúdo de metano do biogás pode variar bastante, os operadores da planta dependem de informações contínuas e confiáveis ​​sobre o biogás. Mas é exatamente isso que cria um grande desafio para muitos operadores hoje. Geralmente, várias medições podem ser feitas em uma usina de biogás, por exemplo, antes e depois do tanque de armazenamento. No entanto, dominar com êxito a tarefa de medição não é tarefa fácil. Isso se deve em grande parte aos exigentes parâmetros de medição associados às aplicações de biogás.

Nova tecnologia elimina efeito da água nas medições 

Com base em seu design, os medidores de vazão ultrassônicos sempre foram particularmente adequados para aplicações de biogás, porque garantem um trânsito completo sem perda de pressão ou qualquer efeito negativo no fluxo e podem cobrir uma ampla faixa de medição. No entanto, no passado, eles tiveram que lidar com alto teor de água, além do custo de aquisição comparativamente alto, o que muitas vezes tornava pouco atraente seu uso.

Por meio de investimento, pesquisa e desenvolvimento, os principais fabricantes de tecnologia de medição conseguiram produzir uma nova geração de medidores de vazão ultrassônicos que atendam especificamente aos altos requisitos das aplicações de biogás, mantendo-se acessíveis. O instrumento de medição, que funciona de acordo com o método diferencial de trânsito no tempo, garante a medição de vazão com um alto grau de estabilidade a longo prazo, independentemente da composição do gás.

No caso da Krohne, a tecnologia também eliminou quaisquer efeitos da água na medição. O dispositivo não possui limitações como recalibrações regulares, perda de pressão ou restrições de faixa de fluxo. Para tornar várias medidas comparáveis, o volume padrão pode ser medido com base nas entradas de temperatura e pressão no conversor desenvolvido pela empresa. A experiência mostrou que o dispositivo pode realizar medições estáveis ​​e precisas de biogás, exatamente o que os operadores da planta precisam para garantir a viabilidade de suas operações de biogás.