Mercado brasileiro de armazenamento de energia cresce 89% e deve chegar a R$ 22,5 bilhões até 2030

Novo estudo da Greener também aponta que o país instalou 269 MWh em 2024, crescimento de 29% em comparação com o ano anterior

Por Redação

em 28 de Fevereiro de 2025

No último ano, a demanda por componentes para sistemas de armazenamento de energia (BEES) no mercado brasileiro cresceu 89% em relação a 2023. Grande parte desses sistemas deve ser instalada ainda em 2025, afirma o Estudo Estratégico de Armazenamento de Energia, produzido pela Greener. Estima-se que o mercado de armazenamento com baterias junto ao consumidor movimente mais de R$ 22,5 bilhões em investimentos até 2030.

O levantamento da consultoria mostra que, até 2024, o País acumulou 685 MWh de capacidade instalada, sendo que 70% do armazenamento atende a sistemas isolados. Somente no último ano, foram 269 MWh adicionados, um crescimento de 29% frente ao registro de 2023.

Também foi apurado pelo estudo que a confiabilidade é o principal motivador para a instalação de sistemas de armazenamento no Brasil, tendo em vista que as frequentes quedas de energia e interrupções prolongadas no fornecimento de eletricidade resultam em grandes prejuízos.

Mercado brasileiro de armazenamento de energia segue tendência global

No cenário global, o mercado de armazenamento de energia a bateria deve ultrapassar os 760 GW de potência instalada até 2030, liderado por China e Estados Unidos, especialmente em aplicações de utilities. O país asiático também está à frente das aplicações atrás do medidor, ao lado de Alemanha e Itália. América Latina e Pacífico, a despeito da ampliação de investimentos, ainda enfrentam barreiras regulatórias e altos custos de capital que inviabilizam um crescimento mais robusto.

Segundo a Greener, o mercado de armazenamento é peça-chave para a transição energética no Brasil, permitindo a integração de fontes renováveis à matriz elétrica e possibilitando maior estabilidade ao sistema. “Como oportunidade de atenuar desafios como o curtailment e a inversão de fluxo, esse é um mercado que continua avançando, impulsionado pelo aumento da demanda e preços mais competitivos. Teremos também a realização do Leilão de Reserva de Capacidade de Armazenamento, previsto para este ano, que deve abrir as portas para novos investimentos em projetos de grande porte no país”, afirma Marcio Takata, CEO da Greener.