Mercado de implementos rodoviários cai quase 50% em 2015
Da Redação – 10.11.2015 –
Avaliação é da Noma, que ganhou espaço e estaria como segunda no ranking, atrás somente da líder Randon. Empresa defende que fecha o ano com 12% de market share.
O ano não termina bem para o setor de implementos rodoviários. A estimativa de queda é de aproximadamente 48% pela estimativa da Noma, um dos principais fabricantes. Ontem, dia 09, Marcos Noma, presidente da companhia, apresentou o quadro, mas informou também que a empresa deve fechar 2015 com uma média inferior ao mercado. A retração seria de 34%. Com isso, a Noma estaria posicionada como segunda no ranking, atrás apenas da líder Randon, e com 12% da fatia. O presidente explica que 2015 completa um ciclo de três anos consecutivos de queda, o que pode prenunciar uma retomada em 2016.
“A previsão é que sejam emplacados cerca de 30 mil implementos rodoviários até o final de 2015”, explica Noma. O executivo lembra que a empresa não mudou os planos de sua segunda unidade, que deve ser inaugurada no segundo semestre em Tatuí (SP), com investimentos de R$ 75 milhões. A fábrica vai complementar a produção da matriz, em Sarandi (PR), acrescentando mais 600 pinos/mês à capacidade de 750 pinos/mês da instalação principal (pino-rei é a medida de produção no mercado de implementos rodoviários). A futura unidade deverá empregar 450 colaboradores, que juntam-se aos atuais 950 empregados no Paraná (a empresa chegou a ter 1.450).
Apesar da crise, um mote comum entre vários fabricantes presentes na Fenatran, a Noma conseguiu emplacar uma participação de mercado de 42% no segmento de implementos rodoviários florestais, o que contribui para minimizar os resultados num ano notadamente ruim. As inovações também devem pesar positivamente, caso do lançamento do Bitrem para transporte de cimento (silo cimento) fabricado em alumínio, em substituição ao aço carbono tradicional. Nesse caso, a empresa buscou a tecnologia da parceiro, o grupo italiano Menci.
O principal diferencial desse chamado Bitrenzão de seis eixos é sua capacidade de carregamento de cinco toneladas a mais (em função da leveza do alumínio). O veículo deve ser usado no transporte de cimento, cal, talco industrial, cinzas e outros materiais que utilizem sistema de descarga por pressurização. Nas viagens sem carga, a carreta também leva à redução de combustíveis em função de pesar pelo menos 5 mil kg a menos.
Outro lançamento foi o Rodotrem Basculante em alumínio, com capacidade para 41 m3 de carga e que pode levar a uma redução de peso de pelo menos 3 mil kg. A comparação, de acordo com a Noma é feito com o similar (de 35 m3 de carga), fabricado em aço carbono. Além do material construtivo em alumínio, o novo veículo adota a tecnologia de suspensão pneumática, conjunto que permite o alcance dos resultados.