Mercado de Internet das Coisas chega a US$ 1 trilhão em 2020

Redação – 22.07.2019 –

Relatório da 5G Americas aponta 20 bilhões de dispositivos conectados no ano que vem

A 5G Americas, entidade da indústria de telecomunicações, acaba de lançar um relatório com previsões sobre o mercado de Internet das Coisas (IoT) no mundo. O documento, intitulado 5G: O Futuro da IoT, mostra que teremos 20 bilhões de dispositivos conectados no ano que vem em um mercado avaliado em US$ 1 trilhão. A infraestrutura atual, por sua vez, indica que temos 58 redes no mundo inteiro que já oferecem LTE Banda Estreita-IoT e outras 24 que já oferecem Comunicação Tipo Máquina LTE-M. “A IoT chegou e hoje existem mais dispositivos conectados do que pessoas no mundo”, resume o relatório.

Segundo os especialistas, a IoT está alcançando a escala prevista para a “IoT maciça”, uma referência às dezenas de bilhões de dispositivos, objetos e máquinas móveis, nômades ou fixos que exigem conectividade total. A 3GPP, a organização global de padrões, estabelece padrões técnicos para blindar a tecnologia celular contra o futuro e atender às necessidades do mercado da IoT maciça em vários setores, o que significa pelo menos um milhão de dispositivos por quilometro (km).

Outro aspecto é a migração para a tecnologia 5G, com a exigência de que as redes móveis devem suportar os dispositivos mais simples que não se comunicam com frequência e que oferecem ultraeficiência energética a longo prazo, usando baterias com uma vida útil de 10 anos, ou mais. Além disso, os padrões definem o rádio e a arquitetura de Comunicações de Baixa Latência Ultraconfiáveis (Ultra-Reliable Low Latency Communications – URLLC) que serão fundamentais para setores como fábricas inteligentes e automação industrial.

“É cada vez mais importante entregar a IoT e garantir sua compatibilidade futura nessa transição de redes de 4G para 5G”, disse Vicki Livingston, Vice-Presidente de Comunicações da 5G Americas e uma das autoras do relatório. “As primeiras redes 5G já estão aparecendo agora em 2019. Ao mesmo tempo, a IoT LTE deve continuar evoluindo no futuro, aproveitando da escala, longevidade e cobertura global das redes LTE e complementando as primeiras implementações do 5G New Radio, focadas em banda larga móvel avançada e a IoT de alto desempenho. A evolução futura da LTE é essencial para a plataforma 5G – uma conectividade mais unificada e com mais capacidades para nosso futuro”.

Documento lista quantidade de redes de IoT atuais até junho desse ano 

O relatório mostra ainda que 56 redes no mundo inteiro ofereciam a LTE Banda Estreita IoT (Narrowband IoT – NB-IoT Cat-NB1) em junho desse ano. Esse é o padrão de rádio da 3GPP que determina as exigências de Baixo Poder Área Larga da IoT, melhorando a cobertura em ambientes internos, oferecendo suporte para um número massivo de dispositivos com baixa capacidade de transmissão, baixa sensibilidade a latência, custos ultra-baixos, consumo reduzido de energia e arquitetura de rede otimizada.

Além disso, 24 redes oferecem a LTE-M ou Comunicação Tipo Máquina avançada (enhanced Machine-Type Communications – eMTC Category M-1), com suporte para baixa complexidade do dispositivo, densidade massiva de conexões, consumo reduzido de energia, baixa latência e cobertura estendida enquanto permite a reutilização da base instalada de LTE (dados da TeleGeography).

A LTE-M e a NB-IoT podem ser implementados “em banda” dentro de um portador normal LTE, ou “independente” em uma faixa de espectro dedicado. A NB-IoT também pode ser implementada na banda de guarda do portador LTE.  Já existe uma rota de desenvolvimento para as inovações tecnológicas da LTE além do Release 13, com avanços adicionais projetados para atender à grande demanda por conectividade IoT através das redes 5G.

“Soluções tecnológicas como a computação em nuvem, computação periférica e inteligência artificial estão sendo aplicadas em casos de uso da IoT com muito sucesso. Além disso, as tecnologias celulares da IoT incluem avanços na área de segurança para proteger todos os dados gerados por essas “coisas” contra hackers”, disse Betsy Covell, membro da Equipe Técnica da Nokia e um dos líderes do grupo de trabalho que desenvolveu o relatório.