Da Redação – 08.08.2016 –
Com cases na extração de ouro e de pedras ornamentais, a New Holland mostra como esses equipamentos de maior porte podem avançar em mercados minerais distintos.
A New Holland Construction mostra dois cases de mineração nos quais as escavadeiras E385C, de 36,5 toneladas, podem atuar em contraponto à baixa vivida no mercado da construção pesada. Na extração de outro, a Mineradora Cangas II atua em Poconé (MT), e carrega de 250 a 300 caminhões de terra por dia, descendo a até 100 metros de profundidade na busca do metal precioso.
Jonas Gimenez, um dos sócios da empresa, conta que essa história começou a 32 anos, quando ele assistiu a uma reportagem na televisão mostrando uma nova corrida ao ouro em Poconé, cerca de mil quilômetros de Ourinhos (SP), onde morava e atuava na extração de areia. Montou então uma pequena mineradora com o irmão mais velho, dos nove da família. “Não tínhamos know how, levou muito tempo para entender o que é uma jazida, como se faz para encontrar o ouro”, lembra. Persistiu no trabalho, com o preceito de mecanização com equipamentos e informações sobre a geologia local. Hoje, a mineradora explora quatro mil hectares de terras próprias, que podem conter novas jazidas. “Somos garimpeiros em estágio mais avançado. Nada é feito manualmente. As dificuldades vão surgindo nesse caminho e as máquinas vão se aperfeiçoando”, diz.
Pedras ornamentais
No Espírito Santo, onde está mais de 50% do mercado de mármores e granitos está concentrado, quatro mineradoras: Magban, Cajugram, Bramagram e Mamede se reuniram num consórcio para conceber a Indústria de Mármores Italva (Imil) e explorar a região de Cachoeiro do Itapemirim. O engenheiro Cláudio Carneiro, gerente de extração da Imil, comanda as operações com duas escavadeiras E385C Mass Excavator e diz que a opção pelo modelo vem de sua polivalência, pois a máquina é uma “porta-ferramentas” que permite o uso prático de diversos tipos de implementos.
Um deles é o expansor de prancha, usado para movimentar os blocos de rocha de 32 toneladas, evitando o seu tombamento, as fissuras que isso pode gerar a ela a consequente perda de valor do material. “A New Holland tem sido uma solução importante, considerando o custo competitivo e a performance dos equipamentos, bem como a assistência técnica”, diz Valdecyr Viguini, um dos sócios da Imil. Por isso, garante ele, novos equipamentos serão adquiridos à medida que os negócios forem expandidos.
Hoje em dia, segundo Carneiro, é possível remover a cobertura e fazer a extração do mineral com uma escavadeira hidráulica. E a produção é mais rápida se a máquina é mais ágil. “Se fôssemos tirar bloco como era antigamente, nem teríamos funcionário para isso. Usava-se guincho, cabo de aço, explosivos, muito mais do que se usa agora. O bloco de mármore trincava, o que acabava gerando prejuízo. Hoje a tendência é de que os equipamentos fiquem cada vez maiores em tamanho e volume”, diz Cláudio Carneiro, gerente de extração da Imil.
A empresa também usa rompedor hidráulico como implemento das escavadeiras, para picotar o composto que sobra da rocha. Esse material é britado até virar pó, e é destinado à produção de sabão e adubo agrícola, entre outros materiais. “A máquina permite o engate rápido e o uso imediato dos implementos, o que gera economia, pois uma mesma escavadeira pode cumprir diversas funções no mesmo dia”, diz Rogério Lemos, chefe administrativo da empresa.