Monterrey Construtora vai implantar usina fotovoltaica no PR

Redação – 05.11.2020 –

Unidade terá capacidade de geração de 4.9 megawatts e será ativado numa área de 6,5 alqueires paulistas

A Monterrey Construtora, especializada no gerenciamento e execução de ampliações e construções de subestações de energia até 750 KV, acaba de selar contrato com um dos maiores hospitais do Paraná para a implantação de uma usina fotovoltaica com capacidade de 4.9 megawatts. O projeto, que demandou cerca de R$ 19 milhões de investimentos, captará energia solar em um terreno de 6,5 alqueires paulistas, localizado em Cidade Gaúcha, município situado no noroeste do Paraná. A expectativa da empresa é expandir a usina futuramente.

“A energia fotovoltaica representa uma alternativa para as empresas que desejam produzir sua própria energia, tornando-se imunes aos aumentos das tarifas de eletricidade. É um mercado que tende a crescer significativamente nos próximos anos”, afirma Paulo Magalhães, presidente da Monterrey. Segundo ele, as usinas solares tornam-se muito mais viáveis porque podem ser construídas próximas ao centro de consumo, minimizando o transporte da energia, que é oneroso.

Atualmente, a Monterrey possui clientes como Furnas, Copel e Eletrosul na sua carteira de projetos. De acordo com Magalhães, a nova oferta da empresa já possui cerca de 20 leads em andamento. “A energia solar é a que mais cresce em todo mundo e representa uma tendência, já que as fontes limpas e não-poluentes são o melhor caminho para o desenvolvimento da humanidade”, reflete ele. Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), estima-se que, até 2050, metade da matriz energética nacional será solar.

Graças a este novo empreendimento, a expectativa é que a Monterrey Construtora cresça 300% em 2021 em relação a 2020. A expectativa agora fica por conta de possível alteração da Aneel sobre as condições dos valores de compensação da energia elétrica das usinas fotovoltaicas. A resolução normativa 482, da agência reguladora, prevê que a energia gerada e injetada na rede de distribuição seja apenas parcialmente compensada na conta de luz e não totalmente, como é realizada atualmente.

A Aneel alega que há alguns custos, diferente de quando os incentivos foram criados. Por outro lado, muitas empresas que passaram a investir na energia solar afirmam que a taxação gera insegurança jurídica, já que a agência prometeu previsibilidade por 25 anos e os investimentos foram de longo prazo.