Moradia por assinatura pode gerar novo unicórnio brasileiro no Vale do Silício

Redação – 11.03.2021 –

Com a oferta de moradia por assinatura, a Housi já administra uma carteira de clientes de R4 10 bilhões e planeja ampliar para R$ 30 bi em 2021. Tendo como investidor um fundo californiano que foi o primeiro a investir também na Netflix, a empresa vislumbra se tornar mais um unicórnio (startups que faturam mais de 1 bilhão de dólares por ano) no Vale do Silício.

Lançada há dois anos, a Housi se posiciona como a primeira do mercado a oferecer moradia como serviço, em contraponto aos contratos de venda e aluguel de imóveis. “O mundo hoje funciona por demanda. As pessoas não querem mais ter a posse, mas sim a experiência, o serviço, e a liberdade de mudar de endereço  de acordo com o momento de vida”, diz Alexandre Frankel, CEO da Housi.

A startup faz esse papel no mercado imobiliário, oferecendo uma plataforma para locação 100% digital e sem burocracia, com imóveis mobiliados e diversos serviços agregados, como limpeza, manutenção, suporte 24hs, personal trainer, entre dezenas de soluções que resolvem o dia a dia dos moradores.

Até o início de 2020, a Housi atuava apenas em São Paulo, onde um terço da população vive de aluguel. Administrando mais de 200 prédios na capital paulista, a empresa expandiu sua expertise para outras sete cidades do Brasil como Curitiba, Porto Alegre, Recife, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa e Rio de Janeiro.  “Estamos em uma escala de operações em curva ascendente e rápida, com grande potencial para novas parcerias. Neste ano, vamos triplicar de tamanho e expandir para 40 novas cidades”, diz Frankel.

 

Menos burocracia para locação
O interessado em alugar uma casa, seja por um dia, uma semana ou até um ano, só precisa acessar o site da Housi, selecionar o imóvel, o período de estadia e realizar o pagamento via cartão de crédito. “Nós resolvemos o problema da moradia e devolvemos às pessoas o tempo que elas gastariam com burocracia”, diz Frankel.

A startup já contabilizou mais de nove mil locações e 20 mil usuários desde que foi criada. Atualmente, possui mais de 100 mil pessoas cadastradas em sua base e tem como objetivo quintuplicar esse número em 2021. Desde o início da quarentena, em 2020, o volume de buscas no site da empresa aumentou em 214%.

Os números estão alinhados com uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas Sociais Políticas e Econômicas (IPESPE), em agosto de 2020. Ela revela o desinteresse cada vez maior da população pela aquisição de um imóvel próprio. Segundo o levantamento, mais de 80% dos jovens, entre 16 e 24 anos, já admitem não se importarem com a compra de um imóvel, e 60% dos entrevistados afirmam estar dispostos a morar em imóveis de acordo com a fase de vida, incentivados por variáveis como mudança de emprego, casamento, separação ou início de uma nova fase.