Motores elétricos com mais cobre podem reduzir consumo de energia em até 25%

Da Redação – 18.08.2016 –

O Ministério de Minas e Energia (MME) estima que a indústria consome 43,7% da energia elétrica nacional e a força motriz em operação usa 68% dessa energia elétrica, sendo que 30% é consumida por motores elétricos. Isso, na avaliação do Instituto Brasileiro do Cobre (Procobre), ocorre muito em função da prática de recondicionamento, que tornania os motores antigos menos eficientes.

“Os motores de alto rendimento, com maior condutividade elétrica, diminuem perdas de energia e ainda têm a vantagem de uma maior vida útil, se comparados aos motores convencionais”, diz Glycon Garcia, diretor-executivo do Procobre. Segundo ele, a venda de motores novos no Brasil equivale à quantidade de motores reformados. “A cada reforma, estima-se que a perda de eficiência energética seja de 3%, e é comum um motor ser recondicionado mais de uma vez, aumentando o custo operacional e o desperdício de energia elétrica”, completa.

Além dos motores, sistemas elétricos, geradores, transformadores de distribuição e até eletrodomésticos, se mais eficientes, poderiam contribuir para a redução do consumo de energia elétrica a um custo 70% menor que a do investimento em geração de energia. “As ações de eficiência energética adotadas pela Tigre, Oxford Porcelanas, BRF Brasil e Tupy, por exemplo, acompanhadas pelo Procobre, mostraram que no curto prazo, pela substituição de motores, as empresas conseguiram diminuir o peso da fatura de consumo, evitar multas por excedente de demanda, reduzir custos de manutenção e ainda aumentar a produtividade, com diminuição do número de horas dos turnos de trabalho”.