O que o lucro bilionário da Telefônica mostra?

Da Redação – 25.04.2018 –

Resultado da operadora entre janeiro e março foi 10,2% maior do que o mesmo período do ano passado e indica que mobilidade e banda larga puxam os resultados. Telefonia fixa e TV por assinatura tem desafios pela frente

A operação brasileira da multinacional espanhola registrou outros números positivos no balanço do primeiro trimestre do ano. Entre eles estão o fluxo de caixa livre da atividade do negócio, com incremento de 48% ou, em valores um total de R$ 1 bilhão. “Pelo nono trimestre consecutivo, tivemos queda de custos, em decorrência do compromisso da companhia com controle dos gastos, por meio de simplificação, eficiência e digitalização”, revela o diretor financeiro da Telefônica Brasil, David Melcon.

Uma olhada nos investimentos da empresa mostram que a mobilidade e os serviços de dados, principalmente sob a rede de fibra óptica são alvos maiores. A operadora aplicou R$ 1,5 bilhão no período, concentrando-se na ampliação da rede móvel de quarta geração (4G), com foco na expansão na tecnologia 4,5G, uma antessalada do 5G. Nos três primeiros meses do ano, a empresa levou o 4,5G a 250 novas cidades, chegando ao final de março em 364 municípios com este tipo de conexão.

A operadora também destinou grande parte dos recursos à cobertura em fibra ótica, alcançando a marca de 216 localidades conectadas à ultra banda larga via fibra, das quais 89 cidades com FTTH (Fiber-to-the-Home).

“Aceleramos os investimentos voltados para as melhores tecnologias tanto na cobertura fixa quanto na móvel, com a finalidade de oferecer uma melhor experiência no uso de dados, que é a grande demanda dos clientes”, destaca o diretor operacional e vice-presidente executivo Christian Gebara.

A receita líquida dos serviços de telefonia móvel cresceu 4,2% no primeiro trimestre de 2018 no comparativo anual, atingindo R$ 6,7 bilhões. O resultado foi impulsionado pela receita de dados e serviços digitais, que é hoje a principal alavanca de crescimento de receita da companhia.

No negócio fixo, a receita líquida apresentou redução de 2,5% no primeiro trimestre de 2018 em comparação ao mesmo período do ano passado, impactada pela queda das receitas de voz e pela redução da tarifa de interconexão ocorrida em fevereiro.

Já a receita de banda larga cresceu 15,7% no comparativo anual, impulsionada pela evolução da receita de Ultra Banda Larga (UBB). A receita de TV por assinatura registrou queda de 1,5% no comparativo anual. A companhia mantém sua estratégia mais seletiva para este serviço, com foco em produtos de maior valor, como IPTV, que apresentou crescimento de receita de 66,7% no comparativo anual.