Redação (reportagem do Equipment World) – 06.01.2020 –
A história de um casal que construiu uma construtora de sucesso trocando retroescavadeiras por duplas de minicarregadeiras e miniescavadeiras e tornando pessoas de passado sombrio em funcionários leais e competentes.
Greg Huylar nasceu e foi criado numa reserva indígena dos Estados Unidos. O seu pai era um pecuarista, com cerca de 350 cabeças de gado, e Greg trabalhava com ele, chegando até a se formar na faculdade de agricultura, onde, revela, a melhor coisa que aconteceu foi conhecer a futura esposa e sócia Jodee.
O pai dela tinha uma empresa de guindastes, onde Greg passou a trabalhar até entender que podia ter vida própria. Em 1988, ele comprou uma retroescavadeira antiga e com isso começou, junto com Jodee, a formar a empresa de construção Tri-Valley Construction.
Mais tarde, eles adquiriram um caminhão bem usado e contrataram o primeiro funcionário para dirigi-lo. A construtora começou a mostrar potencial, mas Greg e Jodee perceberam que precisavam fazer mais. “Nesse momento, ou nós crescíamos ou fechávamos o negócio. E crescemos, ampliando a oferta de serviços”.
Para isso, Greg substituiu as retroescavadeiras por duplas de minicarregadeiras e escavadeiras compactas. “Assim, podíamos girar 360 graus e deslocar a lança para o lado para limpar uma vala, ou mesmo cavar e despejar a 90 graus, além de que, construir calçadas é um sonho com essas máquinas compactas”, diz ele. “Também pudemos cortar o subleito e derrubar o cascalho com a mesma máquina”, salienta. Hoje, a Tri-Valley conta com quatro escavadeiras compactas e duas minicarregadeiras.
Funcionários leais
Mais do que os equipamentos, o segredo do sucesso veio com a contratação de funcionários leais. Para isso, eles ignoraram preconceitos, aceitando pessoas de passado comprometido e dando a elas salários e benefícios equivalentes aos que os sindicatos exigem, apesar de a empresa não ser contribuinte sindical.
A construtora fica na cidade de Yakima, no estado de Washington e na região do Vale de Yakima, onde há uma grande parcela de desabrigados e os consequentes problemas sociais que isso gera, como o índice de usuários de drogas.
Greg e Jodee usaram, sem intenção, isso a favor, partindo do pressuposto de que todos merecem uma segunda chance, desde que estejam em reabilitação e passem no teste de drogas. “Algumas pessoas entram pela porta e podem ter um passado sombrio”, diz Jodee. “Mas, quando podemos, gostamos de dar uma chance a elas. Não é porque você estragou o ensino médio que, quando tiver 25 anos, será o mesmo estragado de então. Se alguém não lhes der uma chance, aí sim é possível que volte ao antigo estilo de vida”, diz ela.
“Tivemos um garoto que veio até nós e dissemos, como dizemos a todos, que faríamos a verificação de antecedentes e um teste de drogas. Acontece que ele teve problemas e estava usando heroína em Seattle. Mas ele entrou em tratamento e se mudou para cá com a esposa para começar uma nova vida e se afastar das fontes de seus vícios. Ele passou no teste de drogas e é um dos melhores e mais leais funcionários que temos”, destaca Greg.