Obra da primeira ponte estaiada da Bahia avança

Da Redação – 12.06.2017 –

Segundo governo estadual, empreendimento já teria atingido 13% da etapa de construção. Previsão de entrega é em 2018

Iniciada em outubro do ano passado, a construção da primeira ponte estaiada da Bahia vai custar R$ 99,6 milhões. O equipamento terá 533 metros de comprimento e 24,6 metros de largura, além de passeio, canteiro central, pistas duplas nos dois sentidos e uma ciclovia. O conjunto da obra inclui 2,2 quilômetros de extensão. Tecnicamente, a ponte terá uma área de influência que chega a sete cidades do estado cortados pela rodovia BA 001.

Explicando: ela desafogará a velha Ponte Lomanto Júnior – a única que liga desde 1966 o continente à ilha de São Jorge dos Ilhéus – e deve facilitar a ligação entre as orlas norte e sul, melhorando a mobilidade urbana das cidades envolvidas. Atualmente uma equipe de 200 profissionais estão envolvidos no empreendimento.

A nova ponte deverá influenciar mais de 510 mil habitantes dos municípios de Ilhéus, Itabuna, Una, Canavieiras, Buerarema, Itacaré e Uruçuca, além de favorecer o turismo na região. Na avaliação do governo baiano, a ponte também prepara o sul da Bahia para receber novos investimentos privados e públicos que incluem a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol) e o Porto Sul, também atraídos pelo Governo da Bahia, dando outro ritmo à economia regional.

Segundo o engenheiro Suzano Mendes, gerente de contrato da obra, a ponte terá estrutura mista. Serão 298 metros de trecho estaiado, com estrutura sustentada por cabos. Os 235 metros restantes serão formados por conjunto armado. “Já passamos pela fase de engenharia que ninguém vê a obra”.

Na etapa atual, a construtora trabalha para levantar um dos símbolos da nova ponte – a fundação do mastro principal, que terá 20 fundações em estacas encravadas com diâmetro de dois metros, a 31 metros de profundidade. A operação deve durar 90 dias. Em seguida, será a vez da montagem do ‘balanço sucessivo’, um diferencial da obra, por ser um método de construção da superestrutura (parte superior) da ponte, sem necessitar de apoio externo (uso de estacas) para dar continuidade da expansão da ponte. O prazo é de mais 10 meses.