Odebrecht vende participação no Galeão a chineses

Da Redação – 17/07/2017 –

O negócio, que integra o programa do grupo para reduzir seu endividamento e melhorar o equilíbrio financeiro, pode ter atingido a cifra de 60 milhões de reais.

A Odebrecht Transport anunciou a venda da sua participação na concessionária ROIgaleão, que administra o Aeroporto Internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, à companhia chinesa HNA Infrastructure. O negócio integra o programa de recuperação econômica do grupo Odebrecht, controlador da empresa, que, em meio ao seu envolvimento na Operação Lava-Jato, anunciou a intenção de vender 12 bilhões de reais em ativos, para reduzir seu nível de endividamento e melhorar o equilíbrio financeiro.

Os valores da transação não foram revelados, mas especula-se no mercado que o negócio pode ter alcançado a cifra de 60 milhões de reais. A Odebrecht detinha 31% do capital social da concessionária do aeroporto e o restante do controle acionário ficava dividido entre a operadora chinesa de aeroportos ChangiAirport (20%) e a estatal Infraero (49%). Juntas, elas arremataram o leilão de privatização do terminal, em novembro de 2013, e implementaram as obras programadas para sua expansão e melhoria nos serviços.

A presidente da Odebrecht Transport, Juliana Baiardi, destaca que o interesse de um grupo do porte da HNA no negócio reforça seu potencial. “A venda de nossa participação acontece após a entrega da etapa mais importante de investimentos, que foi a ampliação e modernização do aeroporto para receber os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016”, ela afirma. A transação ainda depende de aprovação de órgãos reguladores, como a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Em abril, o grupo já havia concluído a venda para a Brookfield de sua participação de 70% na empresa de saneamento Odebrecht Ambiental. A operação envolveu um pagamento de 768 milhões de reais, além de investimentos de 140 milhões de reais em capital. Os 30% de participação restante continuaram pertencentes ao Fundo de Investimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS).