Pará apresenta ferrovia dos sonhos ao custo de R$ 14 bi

Da Redação – 06.04.2017 –

Obra teria 1,3 mil quilômetros, cortaria 23 cidades do estado e interligaria o estado de norte a sul, gerando quase 40 mil empregos (obra em si)

O projeto bilionário da Ferrovia Paraense foi apresentado na semana passada pelo titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), Adnan Demachki. Ele também preside o Comitê Gestor de Parcerias Público-Privadas do estado, o que o coloca como a principal interface do empreendimento do lado do governo. Se avançar, a ferrovia cortaria 23 municípios e teria uma extensão de 1,3 mil quilômetros.

A Ferrovia Paraense já tem estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental prontos, todos eles realizados pela Pavan Engenharia em 2015. Agora, com a entrega dos documentos, a Sedeme está à frente da aprovação. Na prática, a ferrovia interconectaria Barcarena à Santana do Araguaia, ou seja, cortando o estado de norte a sul. Seria um corredor viário competitivo, na avaliação do governo paraense.

“O proponente privado fez um investimento pesado na concepção dos estudos, um trabalho extremamente denso, volumoso, que dá o primeiro dos suportes, que é a viabilidade técnica, para um projeto desse porte”, afirmou o secretário estadual de Transportes, Kleber Menezes, a respeito da Pavan Engenharia.

Ainda de acordo com o governo paraense, os executivos de empresas como a Irajá Mineração, Cevital e Alloys Pará apresentaram compromissos de carga, empenhando-se a transportar milhões de toneladas de minério de ferro, de aço e seus derivados pela ferrovia.