Paraná vai adotar tecnologia BIM em obras públicas

Da Redação – 26/01/2017 –

Governo estadual lança chamada pública para a cooperação técnica com desenvolvedores da tecnologia e seus usuários, como empresas de engenharia e construção.

Com o intuito de implantar o uso do sistema BIM (Building Information Modeling) em seus contratos de obras de infraestrutura, o governo do Paraná já se prepara para selecionar a tecnologia a ser adotada. Para isto, a Secretaria de Infraestrutura e Logística (Seinfra) do estado lançou uma chamada pública para acolher propostas de cooperação técnica de desenvolvedores dessa plataforma, bem como universidades e empresas de arquitetura, engenharia e construção.

Difundida a partir do fim da década passada no mercado, com sua utilização em obras de engenharia mais complexas, a tecnologia BIM substitui os projetos desenhados pela modelagem 3D, reduzindo as inconsistências de projeto e proporcionando um controle mais eficiente do avanço das obras. “Além disso, ela confere maior eficiência e transparência nos gastos públicos”, completa Lidio Akio Sasaki, diretor do departamento de Gestão de Projetos e Obras do órgão estatal.

Em uma obra de rodovia, por exemplo, a utilização da plataforma BIM permite corrigir erros antes que eles sejam identificados no canteiro, além de proporcionar uma economia de até 30% na execução da obra. Isto porque o sistema permite calcular desde a sub-base e base da rodovia, até a simulação do pavimento ideal para seu tráfego e por onde passarão as tubulações de saneamento, rede elétrica e gás, entre outras variáveis.

As inscrições para a chamada pública vão até 30 de junho de 2017, para seleção das empresas e instituições de ensino que firmarão contrato de cooperação técnica com o Estado na implantação da tecnologia, bem como a adequação dos usuários do sistema, como construtoras e projetistas. “Queremos intensificar o diálogo e a parceria com esses agentes para consolidar o uso dessa plataforma que possibilita muitos ganhos na implantação de projetos de infraestrutura”, conclui Sasaki.