Presidente da Telcomp defende poste compartilhado e maior atuação dos municípios na implantação de redes

Da Redação* 21.09.2015 –

João Moura listou dificuldades do setor de telecomunicações para melhorar qualidade dos serviços.

Workshop na Fiesp sobre desafios para a ampliação da cobertura celular (foto: Helcio Nagamine/Fiesp).
Workshop na Fiesp sobre desafios para a ampliação da cobertura celular (foto: Helcio Nagamine/Fiesp).

A posição do executivo foi defendida no encontro promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) na semana passada. Moura, presidente da Associação Brasileira das Prestadoras de Serviços de Telecomunicações competitivas (Telcomp), lista dois pontos para a melhoria da qualidade de serviços no setor: maior apoio das autoridades municipais e o compartilhamento dos postes de energia elétrica.

Segundo ele, as operadoras de telefonia móvel não podem implantar redes sozinhas. “A municipalidade precisa entender que não se trata de interesse exclusivo da operadora, mas da população”, disse. Para Moura, o ideal é a instalação de redes subterrâneas, mas o compartilhamento de postes de energia elétrica é insubstituível no momento, principalmente por causa da realidade econômica do país. “Podemos ter obras de enterramento pontuais em regiões mais críticas, mas um investimento acelerado em termos de rede é totalmente irreal no momento”, afirma.

Regulamentação da Lei Geral das Antenas foi discutido no evento

A Lei Geral das Antenas, que unifica regras para instalação de torres aprovada em março pelo Senado, também foi discutida no workshop. O presidente da Telcomp lembrou da necessidade das administrações municipais para atender às diretrizes propostas pela regulamentação, principalmente em relação aos prazos.

Já o diretor da

, Wilson Cardoso, defendeu mais investimentos em novas tecnologias e leilões do setor de telecomunicações mais competitivos. “Não é somente buscar mais espaço para antenas. Com os preços dos leilões subindo e toda a dificuldade para instalar mais rede, estamos indo completamente na contramão de dar mais velocidade para o usuário final”, explica.

*Com informações da Agência Indusnet Fiesp.