Provedores regionais ganham fôlego com nova fase do PNBL

Da redação – 10.05.2016 – 

Brasil Inteligente cria fundo de aval para investimentos em banda larga e favorece provedores regionais, segundo Abrint, que reúne 600 associados. Entidade apoia o programa lançado ontem pelo governo federal.

A nova fase do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL) agradou os associados da Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint). A instituição aposta na iniciativa do plano Brasil Inteligente anunciado ontem pelo governo federal. Entre as novidades está a criação de um fundo de aval destinado à universalização do acesso, iniciativa defendida pela Abrint.

Com 600 associados, a Associação calcula que o mercado de provedores ativos é quase quatro vezes maior, chegando a 2,2 mil empresas regionais. Se o plano avançar bem, a meta de levar o acesso de banda larga para 95% da população até 2018 pode ser um objetivo factível. A nova fase prevê ainda que a conexão via fibra óptica chegue a 70% dos municípios brasileiros no mesmo prazo.

“Esse anúncio é uma grande conquista para a Abrint e todos os provedores regionais do Brasil. Os investimentos dos provedores em fibra são crescentes, seja na rede de acesso ou de transporte”, declara Erich Rodrigues, presidente da entidade. De acordo com o mais recente estudo da instituição, 216 novos municípios devem receber rede de transporte em fibra óptica até 2017. “Esse apoio será essencial para atingirmos a meta”, complementa o executivo.

A Abrint também informa que 1.284 municípios com menos de 100 mil habitantes foram beneficiados pela banda larga durante o ano de 2014, tendo acesso ao chamado triple play (TV, telefone e internet no mesmo pacote). Os dados que confirmam o cenário de inclusão digital no país foram essenciais, segundo a Associação, para a aprovação do fundo.

As informações da Abrint indicam que a há cerca de 2,2 mil provedores regionais ativos no país e praticamente todos os municípios têm ao menos um deles levando fibra ótica e fazendo cabeamento nas regiões mais remotas. “O país não se desenvolverá integralmente se não houver universalização da banda larga e esse processo de inclusão passa, obrigatoriamente, pelos provedores regionais”, argumenta Rodrigues.