Provedores regionais mostram que não tem fronteiras regionais

Por Nelson Valêncio – 15.05.2017 –

Paranaense JCF Telecom, sediada em Sarandi, adota módulo desenvolvido pela Ultracenter, de Sobradinho (DF)

Não se espante, caro leitor, com a redundância do título. Apesar de serem chamados de provedores regionais, essas micro, mini, pequenas e médias operadoras, não têm preconceitos para adotar soluções que extrapolam suas fronteiras. É o caso da JCF Telecom, que fornece seus serviços em Sarandi, usando uma rede mista de fibra óptica e rádio. Nada incomum no segmento. O que a companhia está mudando é a sua gestão da equipe de técnicos que atende os assinantes. E ela faz isso, com o módulo desenvolvido pela Ultracenter, localizada em Sobradinho (DF).

O módulo é definido – por Alexandre Ferreira, fundador e à frente da Ultracenter – como “um aplicativo web de groupware que faz o gerenciamento dos profissionais em campo”. Na prática, a solução pode funcionar sozinha ou integrada a outros sistemas criados por Ferreira. O que o sistema controla? Desde os dados de geolocalização que facilitam a identificação do assinante até a baixa da ordem de serviço.

Com uma experiência efetiva – ele foi dono de um provedor até 2010 – o desenvolvedor é mais um daqueles profissionais que atuam nesse mercado que ganham espaço por conhecer o segmento, por trabalhar com a ideia de pulverização do setor, isto é, atendimento remoto, e por fazer parte da comunidade de provedores, onde a comunicação é na velocidade da luz.

Ferreira explica que uma análise detalhada da situação dos provedores antecede a indicação dos módulos mais adequados. No caso do atual, testado pela JCF Telecom, a última etapa de otimização vai acontecer após o feedback do parceiro paranaense. Quando ficar pronto, ele será vendido no modelo de software como serviço (SaaS, da sigla em inglês). Tecnicamente, o especialista define seu produto como um software appliance completo e aposta no modelo de verticalização, cuja base é a distribuição do Sistema Operacional BSD.

Em função de sua experiência com vários provedores, a Ultracenter identifica o balanceamento dos links como uma prioridade. “Eles compram capacidade de operadoras, mas essa capacidade pode ser utilizada de forma inadequada, congestionando a rede”, alerta. Ações práticas, como a definição do perfil de uso dos assinantes, pode ser a diferença entre prestar um bom serviço e um ruim, segundo Ferreira, direto de sua base em Sobradinho.