Relatório aponta que 2016 marca a implementação comercial de SDN e NFV

Da redação – 11.07.2016 – 

Pesquisa indica que mecanismos de segurança, inclusive com desenvolvimento de dispositivos virtuais, estão entre os requisitos para as operadoras de telecomunicações.

Recém-lançado pela IHS Infonecs em julho, o relatório Proporcionando segurança em qualquer lugar com SDN e NFV, vai além de explicar as duas siglas que fazem parte do planejamento de dez entre dez operadoras de telecomunicações. O documento indica que players como Cisco, Check Point e Juniper (patrocinadora do relatório) estão entre aqueles que já endereçam o desafio. O entrelaçamento entre SDN e NFV, siglas para redes definidas por software e virtualização de funções de rede, pode ser entendido da seguinte forma: as operadoras não querem mais depender de um hardware específico para implementar suas redes.

O mundo ideal é o de servidores padrão, funcionando como dispositivos físicos de rede e, a partir dele, que as funções de redes sejam virtualizadas. Ou seja, saem de cena equipamentos específicos do player A, B ou C e a necessidade de intervenção manual e entra no palco a virtualização. Uma vez virtualizadas as funções de rede, as operadoras passam a definir sua infraestrutura a partir de softwares. Complicado?

Vamos pegar as duas conclusões principais do documento para ilustrar o que as operadoras querem: agilidade e visão de rede global. A primeira está sendo buscada para oferecer serviços rapidamente e obter lucro em menor prazo. “As operadoras podem adicionar, eliminar ou alterar rapidamente os serviços por meio dos softwares de controle SDN e NFV em servidores comerciais, em vez de investir em novos hardwares especializados e reconfigurar manualmente a rede para implementar cada serviço”, diz a pequisa.

O segundo ponto – visão global da rede – também pode ser explicado pelo próprio relatório: “as operadoras querem utilizar a tecnologia SDN para tornar visíveis, configuráveis e administráveis todos os equipamentos de diversos provedores”. E isso, a partir de um único console, o que facilita a criação de serviços e a disponibilidade deles para os clientes finais. Quanto mais rápido a oferta for para o assinante corporativo ou residencial, mais rápido entra o dinheiro no caixa das operadoras.

O novo cenário, no entanto, exige segurança. Segundo a IHS Infonetics, muitas operadoras e outros provedores estão testando esse fator a partir da implementação da NFV em data centers. Ou seja, o conceito de SDN e sua tecnologia complementar, NFV, estão avançando, prioritariamente, nesses ambientes. Comercialmente, a adoção do SDN/NFV, na estimativa do instituto de pesquisa, começa a se fortalecer a partir desse ano e vai até 2020, como um período de grande crescimento. Em 2015, segundo uma pesquisa do próprio IHS Infonetics, entre 15 e 20 implementações comerciais já teriam sido feitas em operadoras de telecomunicações em nível mundial.